Volume de chuva em Brusque em 2021 é mais do que o dobro do ano passado; veja números

Município já registrou mais de 1000 milímetros de precipitação desde o início do ano

Volume de chuva em Brusque em 2021 é mais do que o dobro do ano passado; veja números

Município já registrou mais de 1000 milímetros de precipitação desde o início do ano

Na contramão da maior parte do estado, o volume de chuva em Brusque é considerado normal, de acordo com o boletim hidrometeorológico do estado mais recente, divulgado na quarta-feira, 5. O relatório é divulgado periodicamente pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) em conjunto com a Defesa Civil.

Nos quatro primeiros meses de 2021 Brusque registrou acumulados de chuva bem maiores do que no início do ano passado. Os dados são do Ciro Groh, blogueiro de O Município, que tem estações meteorológicas pelo município. 

Em janeiro o acumulado de chuva foi de 471,6 milímetros (mm), o que representa um aumento de 130% em relação ao registrado no mesmo mês em 2020. Em fevereiro deste ano houve uma queda de 2% em relação ao período no ano passado. 

Março, abril e maio de 2020 registraram pouca chuva. Neste ano, o acumulado de chuva foi maior. Março acumulou 227,58 mm e fevereiro 66,04 mm. E, em seis dias, maio registrou um acumulado de chuva quase 300% maior do que no mesmo período no ano passado. 

Compilando todos os meses, a diferença se torna ainda mais evidente. Em 2020, até os primeiros dias de maio, foram registrados 513,88 mm acumulados de chuva. Neste ano, durante o mesmo período, o volume de chuva já chegou a 1042,04 mm, mais do que o dobro do ano passado.

Situação do abastecimento

Os índices de chuva registrados no município não comprometem o abastecimento de água, segundo Luciano Camargo, diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Brusque. 

Ele afirma que os reservatórios de água estão abastecidos e até o momento as represas têm água para captação. Camargo acredita que o ano não deve registrar estiagem a ponto de secar as nascentes. No ano passado, a situação era bem diferente, e a autarquia divulgou, por diversas vezes, que a falta de chuva estava comprometendo o abastecimento.

Desde o início do ano a autarquia retomou o desassoreamento nas represas dos seis sistemas isolados de captação de água bruta. A ação serve para retirar resíduos sólidos como lodo, lama e vegetação que fica acumulada. O objetivo é aumentar a capacidade de reservação e captação. 

O diretor-presidente do Samae diz que este trabalho impacta bastante na reservação de água quando chove. Até maio, todas as seis represas passaram por desassoreamento duas vezes. 

Camargo comenta que a extensão de rede da Estação de Tratamento de Água (ETA) Central para as regiões como Dom Joaquim e Ribeirão do Mafra também será uma forma de prevenir a falta de água em caso de estiagem. A obra está em andamento.

Estiagem no estado

Os dados do boletim estadual apontam que os acumulados de chuva são baixos na maior parte do estado e não chegam a 50 mm nas regiões do Alto e Médio Vale do Itajaí, Extremo Oeste, Oeste, Meio Oeste e Planaltos (com exceção das regiões mais próximas ao Litoral). 

De acordo com o boletim, a chuva é irregular na maior parte do estado. A precipitação varia de 25 a 30 dias sem chuva nas mesmas regiões mencionadas acima. 

 

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