Além das despesas habituais de início de ano, como IPVA e IPTU, os brusquenses precisam se organizar para a compra do material escolar. Quem ganha com isso são as lojas especializadas no segmento, que desde dezembro já começam a ser procuradas e chegam a registrar até fevereiro um aumento de cerca de 70% a mais em relação aos outros períodos do ano.
A auxiliar administrativo da Livraria e Papelaria Graf, Daiane Amorim, avalia que a procura está boa, semelhante a 2016. Ela conta que há dois perfis distintos de público: os que se antecipam e vão às compras ainda em dezembro e os que deixam para a última hora, geralmente na primeira semana de fevereiro. “Os pais que buscam mais opções de materiais vêm antes. Tem ainda os avós e padrinhos que presenteiam as crianças ou adolescentes com itens mais caros, como mochilas”.
Daiane conta que na maioria das vezes o consumidor opta pela “qualidade e marca”, quando o produto é de uso pessoal do estudante, como lápis de cor. Por outro lado, quando são produtos de uso coletivo, como cartolina e cola, escolhe os que possuem menor valor.
O vendedor da Livraria Mosimann, Edson Batschauer, diz que os clientes são dinâmicos – têm os que fazem as compras em dezembro, outros no começo de janeiro e uns no fim do mês, e ainda os que deixam para fevereiro. “É bem variado, mas a procura sempre é intensa, principalmente por mochila, caderno e lápis de cor”, diz ele, que reforça: “Daqui em diante deve crescer mais ainda a procura, já que muitas pessoas deixam para a última hora”.
Na Livraria Brusquense, este período é tão promissor que as vendas chegam a quadruplicar. Porém, em relação ao ano passado, o movimento se mantém igual. “Temos os clientes fixos que compram direto sem pesquisar preços, têm os novos e têm os que sempre vem, mas ainda não vieram. Porém, o movimento está bom, como o ano passado, pois até esperávamos que fosse diminuir em função da crise”, afirma a atendente Liliane Hochsprung.
O Município Dia a Dia realizou um levantamento de preços de materiais escolares em cinco estabelecimentos de Brusque: Dokassa Distribuidora, Livraria e Papelaria Graf, Papel & Cia, Mosimann e Livraria Brusquense. A lista de produtos incluiu 26 itens que geralmente são solicitados tanto pelas escolas da rede pública como privada.
A pesquisa é baseada no maior e menor preço existente no estabelecimento para cada item da lista, independente da marca e do modelo. Levando esse dado em consideração, é possível fazer a compra de uma mesma lista de material escolar por R$ 876,29 ou R$ 116,42.
Assim como no ano passado, os itens com variação mais significativa são a mochila e o estojo. A primeira pode custar de R$ 9,99 a R$ 388,71, ou seja, uma variação de 3780%. Já o estojo custa de R$ 1,78 a R$ 72,66, uma variação de 3500%.
Ambos os estabelecimentos afirmam que há materiais para todos os gostos e bolsos, por isso, a variedade de preços é grande. “O público opta tanto por produtos de marca reconhecida, como Faber-Castell (lápis de cor) e Mormaii (mochilas), como por outras que não são tão conhecidas, mas que possuem um valor mais acessível”, diz Liliane, da Livraria Brusquense.
Clique na imagem para ampliar e confira a pesquisa de preço: