VÍDEO: Caminhão de Papai Noel atola e é resgatado pela comunidade no Cedro Grande
Ação solidária é liderada por Elias de Oliveira, morador da região que conta com auxílio de dezenas de pessoas
Uma carreata natalina que passou por Dom Joaquim, rua Botuverá, Cedro Grande, Aguti e Chapadão do Tigre neste domingo, 15, teve problemas para terminar seu percurso já a partir das 9h30, uma hora e meia depois de seu início. O caminhão atolou na rua Otaviano Rosa, no Cedro Grande, e precisou da ajuda de dezenas de pessoas para continuar a ação, que só terminou de fato por volta das 21h30.
O objetivo é distribuir balas e presentes às crianças, e a ideia começou com Elias de Oliveira, morador da região que ainda organiza e participa da ação. A primeira vez foi há quase 30 anos. Hoje ele não atua mais como Papai Noel, mas dirige o caminhão que lidera a carreata.
“Enquanto eu tiver saúde e vida, não vou parar de fazer. Teve anos que já se reuniram umas 120 pessoas ajudando. Desta vez teve umas 80, por causa da chuva. No começo, a gente fazia com três motos. Teve um período em que passei quase um ano no hospital, passei por um momento muito difícil, com depressão, e me levaram para participar, em forma de homenagem. Aí, não parei mais”, relata.
A carreata passa pela rua Otaviano Rosa em todos os anos, e chega a ter dificuldades para completar seu percurso em alguns outros pontos do trajeto dependendo das condições do clima e do estado das ruas. Elias de Oliveira vê o ocorrido com leveza e descontração.
“Ninguém se machucou. Não foi um desastre, foi um obstáculo, que talvez pudesse ter sido evitado. Acaba sendo uma aventura. Todo mundo ajuda. Até o caminhão um amigo empresta. É na base do esforço, da vontade, tudo entre amigos. O Papai Noel não existe realmente, mas a nossa fé sim.”
O caminhão chegou a atolar em um outro ponto próximo ao Chapadão do Tigre horas depois. Desta vez, foi resgatado quando uma tobata rebocou o veículo para fora da lama.
Situação
A obra de pavimentação da rua Otaviano Rosa está próxima do fim, de acordo com a Diretora do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI), Andrea Volkmann. Os trabalhos no local iniciaram em março de 2017, porém, a obra apresentou diversos problemas que impediram que fosse finalizada dentro do prazo.
Agora, a obra entra na fase mais difícil que é o morro. “Temos uma parte em que já estamos com a cancha montada. Estamos finalizando a retirada de uma curva mais extrema e acredito que fevereiro ou março vamos conseguir terminar”.
**colaborou Bárbara Sales