Vereador sugere o retorno de Educação Moral e Cívica ao currículo escolar de Brusque
Disciplina foi criada em 1940 no governo Vargas e retomada em 1969 durante a ditadura militar
O vereador Ivan Martins (PSD) enviou requerimento ao prefeito Jonas Paegle sugerindo o retorno da disciplina Educação Moral e Cívica às grades curriculares das escolas públicas e privadas de Brusque.
Caso a discussão evolua até a elaboração de uma lei, o conteúdo deverá ser elaborado e discutido na Secretaria de Educação. A matéria foi extinta em 1993, pelo então presidente Itamar Franco. Antes disso, já havia sido flexibilizada: primeiro passou a ser apenas em uma série de cada grau e, depois, em 1992, passou a ser opcional.
Martins se lembra da disciplina que teve durante seus períodos de estudo, quando era obrigatório que as turmas das escolas brasileiras cantassem o hino nacional antes do início das aulas. “Tínhamos naquela época uma consciência muito forte sobre cidadania e sobre o respeito aos símbolos nacionais”, explica.
A disciplina surgiu em 1940 com o decreto-lei 2.072/40, no primeiro governo de Getúlio Vargas, e foi reiterada no período da ditadura militar com o decreto-lei 869/69, que incluiu a disciplina Organização Social e Política Brasileira para o segundo grau (atual Ensino Médio), mais aprofundada e com uma temática mais ligada à composição política nacional.
O vereador também critica uma falta de interesse geral pelo civismo e de respeito pelas escolas. “Para consertar isto, só através da educação a médio e longo prazo. Claro que não depende apenas deste retorno de Educação Moral e Cívica, mas acredito que seja um começo.”
Ainda que se trate de uma disciplina que teve seu auge na ditadura que durou de 1964 a 1985, Martins acredita que a proposta esteja em sintonia com o que o cidadão brusquense tem reivindicado. “Não traria nenhum receio para nossa comunidade, penso que a sociedade comunga com minha opinião. Nossa intenção é procurar resgatar os valores já totalmente desacreditados em nossa sociedade, que passemos a conhecer o papel das instituições em nosso país”, encerra.