Vendas de camisetas da Seleção Brasileira animam comércio de Brusque

Duas lojas preveem estoque esgotado de camisetas; procura por acessórios não tem sido expressiva

Vendas de camisetas da Seleção Brasileira animam comércio de Brusque

Duas lojas preveem estoque esgotado de camisetas; procura por acessórios não tem sido expressiva

Apesar de o Brasil começar a Copa do Mundo abaixo das expectativas, parte do comércio de Brusque teve motivo para comemorar com as vendas de camisetas oficiais e licenciadas. As peças têm sido bastante procuradas nas lojas. Existem também opções licenciadas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que agradam os torcedores que não pretendem gastar tanto.

De acordo com a proprietária da Lemus Esportes, Eni Beuting, o movimento já se mostrou muito superior do que o registrado em 2014. A loja comprou uma quantidade reduzida de peças, esperando pouca procura. Estão disponíveis produtos licenciados, como bolas e mochilas, e peças de vestuário como jaquetas, camisetas de treino e de passeio, além das camisetas oficiais.

A empresária explica que não é possível fazer a reposição, pois a Nike não faz mais entregas durante a Copa. As compras são fechadas com um ano de antecedência. “A camiseta não é barata, não esperávamos que com a situação atual da economia a procura seria tão grande. Em 2014, compramos muitas camisas e houve um grande encalhe. Desta vez, compramos bem menos e, dependendo do desempenho do Brasil na Copa, o estoque pode se esgotar antes do fim do torneio.”

Mesmo com a “amarelinha” sendo a mais famosa, a preferência do torcedor tem sido a azul na Gevaerd Esportes. O proprietário Marcelo Gevaerd conta que, das camisetas compradas, 25% foram azuis, e restam muito poucas em estoque. “Em 2010, a azul também foi a preferida. Em 2014, a amarela. E agora, é a azul de novo. A azul já está basicamente esgotada e não devemos fazer reposições.”

Para o empresário, o entusiasmo é diferente em relação à Copa do Mundo de 2014, no Brasil, sobre a qual ele diz ter havido maior mobilização. Em 2018, foram compradas menos peças, e boa parte delas já foi vendida. São oferecidas somente camisetas de jogo, modelo torcedor, amarelas e azuis.

“Não temos como comparar com o que houve há quatro anos. Vamos vendendo de acordo com o desempenho da seleção em cada fase. Chegando até as semifinais, teremos os estoques esvaziados, como nos últimos anos.”

O modelo torcedor das camisetas é praticamente absoluto nas lojas. Ele não é o mesmo utilizado pelos jogadores em campo, possuindo diferenças pequenas, como a confecção do distintivo da CBF, tecido menos flexível com tecnologia inferior e menos detalhes de relevo. Uma camiseta em modelo idêntico ao que os atletas da seleção usam nas partidas da Copa custa entre R$ 399 e R$ 450.

Lojas como a Sport & Cia possuem modelos licenciados da CBF, que são muito mais em conta que as camisetas tradicionais da Nike. As camisas amarelas são as preferidas, mas as vendas estão abaixo do esperado pelo gerente Flávio Luiz. “Comparado com Copa do Mundo ou Copa América, está abaixo. Mas conseguimos vender pelo preço em conta, e também na loja online.”

Os tradicionais apetrechos ainda não têm grande adesão do torcedor brusquense | Foto: João Vítor Roberge

Procura por acessórios decepciona

O comércio de Brusque ainda não registra grande movimento nas vendas de acessórios relacionados à Seleção Brasileira. Bandeiras, chaveiros, cornetas, perucas, óculos, chapéus, pulseiras e diversos outros acessórios correm o risco de ficarem guardados até 2022, em uma prática comum do comércio a cada edição do torneio. Enquanto boa parte se queixa de um movimento abaixo da média, há quem tenha se impressionado com as vendas até aqui.

Leandro Abreu, gerente do Lojão Abreu, explica que o desempenho em relação à Copa de 2014 é incomparável, principalmente porque havia o fator de a competição ter sido disputada no Brasil. Entretanto, é registrado um movimento regular, que ficou mais intenso às vésperas da partida de estreia. “As pessoas têm procurado mais em cima da hora”, comenta. Os itens variam entre cornetas, chapéus, camisetas, pulseiras, correntes e chaveiros.

Mesmo com o movimento inferior, já estão agendadas reposições de estoque. “Nos três primeiros jogos, devemos ter mais saída, depois, talvez tenhamos que guardar por mais quatro anos”, conta. Em 2018, Abreu utilizou uma pequena parte do estoque que sobrou em 2014, após o 7 a 1.

Na Loja Adriano, a gerente Patrícia Tarter afirma que foi preparada uma pequena quantidade de acessórios, entre cornetas, camisetas, bandeiras, e protetores de assentos automotivos. “Quem sabe à medida em que o Brasil for ganhando, as pessoas vão se animando”, palpita.

O movimento tem sido bastante positivo na Embrulhe Festas, que focou apenas na venda de bandeiras e cornetas. As bandeiras já estão esgotadas no estoque, enquanto sobram muitas cornetas. De acordo com a funcionária Deise Weber, o movimento chega a superar o registrado na loja em 2014. “Teve bastante saída, já temos pedidos de reposição de bandeiras que estão para chegar.”

A casa de Tenili Lang, no bairro Guabiruba Sul, está decorada com diversos acessórios | Foto: Tenili Lang/Arquivo pessoal
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