Venda de tampas plásticas e lacres viabilizam castração de animais em Brusque
Com dez pontos de coleta, Acapra já comemora primeiros resultados
Os recursos arrecadados com a venda de tampas de garrafas plásticas e lacres de latas ajudou a Associação Brusquense de Proteção aos Animais (Acapra) a custear a castração de quatro gatas. Uma campanha para recolher e revender os materiais começou neste ano e, entre abril e junho, gerou cerca de R$ 400, segundo a entidade.
No período, foram 202 quilos de tampas de plástico e 35 quilos de lacres de alumínios. O material recolhido em mais de cinco pontos de coleta espalhados pela cidade foi uma alternativa devido a dificuldade de arrecadar recursos em outros tipos de campanha, segundo a presidente da Acapra, Lilian Dressel.
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A iniciativa é a primeira do tipo que a Acapra desenvolve. De acordo com Lilian, o projeto é uma boa alternativa pela facilidade de ser conduzido e a dificuldade de mobilizar um número grande de voluntários para atividades contínuas. A tendência, segundo ela, é que as arrecadações sejam mantidas por tempo indeterminado.
A escolha pelos itens, afirma, foi em função da praticidade de armazenamento e os valores pagos pelo quilo na reciclagem. Segundo a presidente, a campanha também cumpre um papel de educação. “Além de ajudar os animais, envolve o meio ambiente e a reciclagem. Muitas escolas estão colaborando também e isso ajuda na conscientização”.
Voluntariado
O modelo, segundo a tesoureira Nicolie Fischer, voluntária há três anos, foi inspirado em ações semelhantes desenvolvidas por grupos de outros municípios.
Pelo menos dez membros da Acapra atuam na campanha. Além de estimular as doações, o grupo ajuda na coleta dos materiais nos pontos, faz a separação, pesagem e comercialização com empresas de reciclagem.
Para ela, os resultados das coletas em Brusque tem surpreendido pela velocidade com que é possível coletar os itens. Só nos últimos dois meses, estima ter conseguido arrecadar cerca de 285 quilos de plástico com as tampinhas. Os lacres de alumínio somam cerca de 15 quilos.
Os resultados das primeiras experiências vividas pelo grupo são bem avaliados pela voluntária. Segundo ela, a continuidade da campanha é uma forma da entidade variar as fontes de recursos e viabilizar mais castrações para os animais atendidos. “Queríamos ter mais uma opção de ajuda financeira e é completamente viável manter este trabalho.”
Mesmo com a velocidade da arrecadação, a triagem exige atuação manual dos voluntários. Além do tempo gasto, com a presença de materiais diferentes misturados – como tampas de vidros de conserva -, a venda dos itens perde valor.
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Com o número limitado de voluntários, a possibilidade de expandir o número de pontos de coleta não é cogitada pelo grupo. Hoje, cerca de 10 pessoas fazem o trabalho, além de quem se disponibiliza em levar os materiais até a triagem. O aumento, afirma, dificultaria a coleta e aumentaria o tempo necessário para separação.
Boa parte dos participantes adapta espaços para guardar e pesar o resultado da separação. Nicolie aproveita a balança da empresa do pai, no bairro São Pedro, para as pesagens. Assim como ela, é comum os voluntários e parceiros utilizam carros pessoais para reunir os volumes gerados com a campanha.
Onde levar
Farmácia Guarani: Rua Ernesto Bianchini, 65, Guarani
Pet Center: Rua Rodrigues Alves, 136, Centro
Pet Mimo: Rua Pedro Werner, 237, Jardim Maluche
Pizzaria Amigos.com: Rua Azambuja, 626, Azambuja
Unifebe: Dorval Luz, 123, Santa Terezinha