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Homem que vivia em situação análoga à escravidão é resgatado em Brusque

Investigação constatou que vítima era agredida e vivia em meio aos ratos; ele não recebia salário

Um homem que vivia em situação análoga à escravidão foi resgatado no bairro Limeira, em Brusque. Conforme apurado por O Município, a vítima era agredida, mantida em meio aos ratos e não recebia salário, apenas alimentação e local para dormir, que era o que a motivava a seguir no local. Ele já foi resgatado e está com a família.

A denúncia chegou inicialmente ao gabinete do vereador Jean Dalmolin (Republicanos). De início, tratava-se de apenas uma limpeza no local. No entanto, após denúncias e investigações, perceberam que havia um homem trabalhando em situação análoga à escravidão. A primeira denúncia sobre o caso chegou no início de abril.

O gabinete do vereador repassou o caso para a Secretaria de Desenvolvimento Social de Brusque. Então, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da cidade começou a atuar e, nesta sexta-feira, 29, confirmou que a vítima vivia em situação análoga à escravidão. As investigações correm em segredo.

As investigações

A reportagem O Município teve acesso, com exclusividade, de como ocorreram as investigações que resultaram no resgate da vítima por meio de diversos relatos repassados às equipes que atuam do caso. Na primeira abordagem, constataram que a situação era estranha, mas não foi coletada nenhuma informação de início.

Conforme o relato, há um ano, o homem começou a trabalhar em uma casa no bairro Limeira onde funcionava uma empresa informal de reciclagem. De início, ele recebia salário, mas depois parou de ser pago e a vítima não tinha para onde ir, pois se alimentava e dormia no local. Foi apurado também que o homem não possuía vínculo familiar e aceitou viver nessas condições. Após o resgate, as equipes conseguiram recuperar o vínculo familiar.

As investigações apontam também que o homem era agredido pelo dono da casa, além das condições críticas de higiene. Um relatório ainda deve ser emitido pela equipe do Creas e encaminhado ao Poder Judiciário. Mesmo após o resgate, até o momento não aconteceu nada com o homem que mantinha a vítima em situação análoga a escravidão.

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