“Um desrespeito aos servidores”, diz diretor-presidente sobre denúncias relacionadas ao Samae de Brusque
William Molina, diretor jurídico e diretora-geral da autarquia falaram na sessão da Câmara
O diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Brusque, William Molina, participou da sessão da Câmara de Vereadores nesta terça-feira, 10, para falar sobre os primeiros 30 dias à frente da autarquia e também comentar sobre as denúncias de irregularidades que foram divulgadas em março.
Além de Molina, também participaram da reunião ordinária o diretor jurídico Paulo Maia e a diretora-geral Anelise Nagel Ketzer de Souza.
O diretor-presidente afirmou que encontrou uma estrutura que lhe deixou “bastante satisfeito” em relação ao atendimento à população, apesar de algumas deficiências, mas resultados serão apresentados em breve.
Ele apontou que a melhoria e aumento de capacidade de produção de água é prioridade, com melhorias na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Centro e a construção da ETA da Cristalina, além da manutenção constante de redes
Molina também destacou que o Samae tem um quadro de servidores defasado. “O nosso quantitativo de pessoas é insuficiente. Temos apenas 102 servidores estatutários e precisamos melhorar imediatamente”.
Investigações
Para Molina, as denúncias realizadas por dois servidores são “infundadas e sem provas” e “um desrespeito aos servidores do Samae”. Ele ressaltou, porém, que é um compromisso da autarquia apoiar que as investigações sejam finalizadas.
Diretor jurídico, Maia afirmou que “todo o imbróglio partiu de dois servidores em um momento de fragilidade”, mas que o Samae buscou tratar o processo com o máximo de robustez, integridade e transparência.
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Segundo Maia, se comprovou que a questão do gabarito da prova era improcedente, assim como a realização de jogos de azar, grosseria do diretor-presidente, consumo de bebida alcoólica e de drogas na autarquia, adulteração de água e “outras coisas genéricas”. Além disso, ele destacou que a comissão processante não identificou problemas de corrupção.
Diretora-geral, Anelise falou que as denúncias de assédio moral, relacionadas à atividades em condições climáticas inapropriadas, também não se comprovaram e que o que existe é “excesso de trabalho em funções adversas”.
Para tentar minimizar esse problema, a autarquia está realizando processo seletivo para área técnica e concurso público para área técnica, administrativa e de captação. “Não é possível diminuir hora extra e sobreavisos sem contratar”, diz Anelise. Segundo ela, a autarquia precisaria de cerca de 50 funcionários para ter uma quantidade ideal de funcionários para atender às necessidades da cidade.
Anelise afirmou que um projeto de lei será enviado à Câmara para alterar a carga horária dos funcionários para modalidade 6 por 12 – 6 horas diárias semanais e 12 nos plantões de final de semana.
Em relatório enviado à Câmara de Vereadores após pedido de informação, a atual diretora-geral do Samae, que antes era diretora de Recursos Humanos da prefeitura, questionou o pagamento de várias gratificações servidores do Samae de Brusque. Ela afirmou que uma comissão está analisando para saber quais serão mantidas.
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