Tribunal de Justiça mantém júri popular para acusada de homicídio de Chico Wehmuth
Recurso, julgado na tarde desta terça-feira, 21, não foi acatado pelos desembargadores da Segunda Câmara Criminal
A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) não acatou recurso proposto pela defesa de Sandra Maria Bernardes, acusada pelo Ministério Público (MP-SC) de ser a responsável pela morte do empresário Amílcar Wehmuth, o Chico, em junho de 2014.
Em julgamento realizado na tarde desta terça-feira, 21, os desembargadores decidiram, por unanimidade, seguir o entendimento do relator, Sérgio Rizelo, que votou por manter a sentença do juiz Edemar Leopoldo Schlosser, da Vara Criminal de Brusque, o qual emitiu a chamada sentença de pronúncia – quando é determinado que o acusado seja submetido a júri popular.
Com isso, segundo a assessoria de comunicação do TJ-SC, não há mais possibilidade de efeito suspensivo, apesar da defesa ainda poder recorrer da decisão, e o caso continua na primeira instância, onde até então estava parado, à espera do julgamento dos recursos.
Agora, o próximo passo é que a Vara Criminal marque uma data para o júri popular, mas não há prazo para que isso aconteça.
Sandra foi acusada, pela 4ª Promotoria de Justiça de Brusque, de ter sido a responsável pelo homicídio de Chico Wehmuth. Segundo a perícia, ele morreu envenenado por ingestão de chumbinho.
O crime aconteceu em 28 de junho de 2014, quando, conforme apuração da Polícia Civil, Chico passou mal e foi encaminhado ao hospital à noite, após passar mal, tendo falecido no dia seguinte.
Para a promotoria, o crime foi cometido por Sandra, que estava em sua companhia naquela noite, por motivos financeiros.
Segundo o MP-SC, ela acreditava que seria beneficiária de previdência privada, aposentadoria, seguros de vida e inventário da vítima. Durante toda a tramitação do processo, Sandra rejeitou veementemente as acusações.
Chico era um dos sócios da Quimisa. Foi candidato à prefeito de Brusque em 2000 e secretário de desenvolvimento econômico entre 1991 e 1994. Também foi presidente do Brusque Futebol Clube. O empresário morreu no dia 29 de junho, aos 70 anos.