Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Tribunal de Contas faz vista grossa em relação à falta de investimento do estado nas universidades

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Tribunal de Contas faz vista grossa em relação à falta de investimento do estado nas universidades

Raul Sartori

Questionamento
Onde está o Tribunal de Contas? A pergunta é feita a toda hora por vários reitores de universidades comunitárias de SC diante da liberdade do Executivo estadual que em 2017 pagou apenas R$ 65,69 milhões dos R$ 230,93 milhões que deveriam ser investidos em bolsas para o ensino superior. A legislação obriga o Estado a aplicar 5%, mas naquele ano foi de apenas 1,42%. E assim ficou e parece ficar para sempre. O cruel é saber que milhares de jovens sem recursos não tiveram acesso ao ensino superior e talvez, agora, estejam na fila dos desempregados.

Conselho
Falta uma consultoria tributária ao governo estadual. Na contramão do que está acontecendo na maioria dos estados, que estão reduzindo o ICMS sobre o querosene de aviação, para tornar o mercado do turismo aéreo mais competitivo, com a ampliação do número de voos, SC decidiu aumentar o tributo sobre o produto de 3% para 17%. São Paulo, por exemplo, reduziu de 25% para 12%. Seus aeroportos receberão 900 voos a mais por semana.

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Futuro nanico?
Nos poucos e não raro tensos encontros pós-eleição de 2018 entre caciques do MDB de SC, pouco se fez de autocrítica. Mas paira entre algumas cabeças o temor de que, se não houver uma reação, e rápida, a agremiação vai para a turma dos nanicos na eleição municipal de 2020.

Samba
Os Kuerten famosos gostam de samba. O tenista Gustavo foi estrela da escola de samba Viradouro, do Rio de Janeiro, em 2015. Pé frio. Ironicamente, foi rebaixada. Agora, será a vez da apresentadora e modelo Renata, prima do tricampeão de Roland Garros, aparecer na Marques de Sapucaí como musa da Grande Rio.

Memória
Como homenagear postumamente em sua terra natal e principalmente nas cidades onde nasceram aqueles dois meninos que morreram sexta-feira no Centro de Treinamento do Flamengo? Que tal proibir, nem se for necessária lei ou decreto de, por um tempo, dar nomes de políticos a estádios de futebol, ginásios esportivos, quadras ou qualquer outro espaço esportivo em SC sem, antes, lembrar de Vitor Isaías e Bernardo Pisetta?

Casa de ferreiro…
Freud pode explicar porque SC sendo um dos maiores produtores de mate ainda não tem a bebida popularizada entre os catarinenses, ao contrário do Rio de Janeiro, por exemplo, onde tem presença maciça em qualquer praia, servida turbinada com gelo e gás, refrescante, em copos e natural? Em qualquer bar que venda bebidas ou sucos, ela raramente é oferecida por aqui.

Rivais
Como, em boa parte, cabe a Carlos Moisés, chefe do Executivo, definir a pauta de votação dos projetos de lei na Assembleia Legislativa, se saberá, a partir desta semana, como anda a real força do governador sem o balcão de negócios. O líder do governo, Onir Mocellin (PSL), aposta que o novo presidente da Assembleia, Julio Garcia, não fará oposição, por ser “uma pessoa do bem”, afirmou para o jornal “O Globo”.

Exemplos
O deputado estadual Jesse Lopes (PSL), aquele que mandou tirar do seu gabinete uma máquina de café expresso que custa R$ 642 mensais, fez mais: recusou veículo Toyota Corolla colocado à sua disposição como também o recurso do Legislativo se quisesse alugar outra marca. Dispensou também o plano de saúde a que todos os deputados tem direito.

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Outro Brasil
Alguns catarinenses estão – e de Criciúma pelo menos dois – entre os compradores de 97 Ferraris, Rolls-Royces, Lamborghinis e Maseratis vendidas no Brasil em 2018. Nenhuma desses máquinas custa menos de R$ 600 mil e a mais cara pela pechincha de R$ 5 milhões.

Fumígenos
O Senado vai analisar um projeto de lei que proíbe a venda de narguilés para crianças e adolescentes, incluindo também acessórios como cachimbos, piteiras e papeis para enrolar cigarro. Florianópolis está bem adiante no assunto. Na capital catarinense vigora lei municipal de 2009 que veda tal comércio e até é mais abrangente: há proibição para fumar em qualquer espaço de uso coletivo, público ou privado, fechado ou parcialmente fechado com telhado e divisórias, onde ocorra trânsito ou permanência de pessoas.

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