Supermercado de Brusque investirá em caixas de autoatendimento

Otto Atacarejo adotará modelo no bairro Santa Terezinha

Supermercado de Brusque investirá em caixas de autoatendimento

Otto Atacarejo adotará modelo no bairro Santa Terezinha

Conhecidos como self-checkout na Inglaterra, nos Estados Unidos e no Canadá, caisses automatiques na França e fai da te na Itália, os caixas de autoatendimento de supermercado chegarão a Brusque. O Otto Atacarejo anunciou que terá dois caixas neste modelo em breve, na filial do bairro Santa Terezinha.

Após uma fase de testes, eles serão implantados em todas as lojas, caso tenham boa aceitação. Os guichês serão utilizados para compras em cestinhas e pagamento somente com cartão de crédito e débito.

Com eles, o cliente não precisa do auxílio direto de um funcionário para o registro e o pagamento das compras, pois permite que o próprio consumidor faça todo o processo.

De acordo com o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Pedro Celso Gonçalves, as lojas-conceito e os supermercados mais modernos têm introduzido, de forma gradual, essa tecnologia. “Normalmente, é colocado um módulo de caixas de autoatendimento para testar a reação do consumidor, e só depois o serviço é ampliado com mais caixas para outras lojas da rede”, explica.

Segundo Gonçalves, pesquisas apontam que cerca de 60% das pessoas no país querem usar o autoatendimento, e os supermercadistas entendem que essa é uma tendência para o futuro. “O setor tem investido cada vez mais em experiência do consumidor, inclusive na mitigação do que causa atritos, como filas e tempo de pagamento. Com o self-checkout, a diminuição das filas nos caixas-rápidos varia entre 30% e 50%”, comenta.

Testes pelo país
A rede de supermercados Carrefour tem testado, desde o ano passado, esse sistema de pagamento na loja conceito localizada no bairro Jardins, em São Paulo, que conta com seis caixas de autoatendimento. Para a empresa, o investimento na transformação digital de suas operações tem o objetivo de oferecer soluções e serviços que facilitem o dia a dia dos clientes, que podem escanear cada um dos códigos de barras dos produtos e efetuar o pagamento via cartão de crédito ou débito, com limite de até 15 itens.

Seguindo essa tendência de inovação nas compras, a rede de supermercados Pague Menos também desenvolveu um sistema de operação assistida com o operador de caixa chamado “Jade”, que não tem limite de quantidade. “O túnel de 360º lê todos os códigos que estão na esteira e tem a capacidade de reconhecer as imagens do produto, e se for passado um fardo de refrigerantes, por exemplo, ele faz automaticamente a multiplicação”, esclarece o diretor de TI da empresa, Rodrigo Bauer.

No projeto experimental presente em duas unidades da rede, nas cidades de Nova Odessa e Campinas, o funcionário do supermercado atua de forma mais passiva e apenas verifica se os produtos são passados corretamente. “O nosso mecanismo pode ser, em média, cinco vezes mais rápido que o convencional. Além disso, a probabilidade de erro é mínima, e temos segurança no que é passado a cada compra”, declara Bauer, que também aponta que o equipamento é imponente e atrai a atenção do consumidor ao entrar na loja.

Outro lado
Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo (Sincovaga-SP), Álvaro Furtado, os caixas de autoatendimento ainda estão muito longe da realidade brasileira.

“Não há uma iniciativa de respaldos cultural e financeiro. Como essa questão envolve custos, máquinas caras e mudança em uma série de sistemas, ela precisa ser avaliada. Saímos de uma crise econômica sem precedentes na história, e há uma retração de ganhos, o que prevê que não há uma tendência desse movimento ganhar força, pelo menos em curto prazo”, analisa.

“As empresas podem resolver aumentar o número de equipamentos daqui, talvez, cinco anos, com o avanço da economia e o crescimento do emprego e da renda”, conclui.

Com informações da Fecomércio-SP

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