Aquele homem que mora no fim da rua
Bebeu durante trinta anos
Perdeu emprego, esposa e filhos.
Aquele outro que mora ali no bairro do lado,
Começou bem cedo
Aos doze, deu o primeiro trago
E toda a sua vida foi um estrago.
Aquela casa do lado da padaria
Era de uma senhora.
Por desespero a pobre coitada apressou as coisas
Com uma forca fez chegar sua hora.
De um jeito ou de outro,
Todo mundo se mata.
Alice Ádna Ferreira
Brusque, 23 de setembro de 2017