Sérgio Sebold

Economista e professor independente - sergiosebold@omunicipio.com.br

Solidão infantil

Sérgio Sebold

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Solidão infantil

Sérgio Sebold

O que se pode esperar quando a grande mídia televisiva (Globo por excelência) oferece filmes e pornonovelas entremeadas com cenas explícitas de desrespeito de filhos com os pais, dando a eles o pleno direito de discordar sem qualquer pudor?

A dignidade humana tão cultivada por séculos pela moral cristã foi parar na lata de lixo da história. Histórias fictícias sem qualquer nexo ou conteúdo moral e cultural; prevalecem cenas contínuas de brigas domésticas, tudo em clima de gritarias de atorzinhos(as) em atitudes histéricas de representação artística extremamente pobre; script provocativo e dissociado aos costumes da grande sociedade brasileira. Baixaria sem fim. Não é necessário dizer qual são os canais, o público já os conhece.

Criam-se estereótipos que fogem totalmente ao convencional, na pretensa busca contínua de valores “novos”, para atender merchandisings comerciais; com exploração permanente do lado frágil do sexo e do poder. Tudo virou “sexomania”. Por tradição alguns canais que levam maior audiência, felizmente já estão sofrendo desgaste do público, quando canais culturais e religiosos estão começando ocupar o espaço. O público está cansado de tanto lixo de entretenimento.

Triste demais são os desenhos “infantis” sem pé sem cabeça; sem qualquer conteúdo positivo, sempre incentivando o espírito de combate e violência, destituído de ordem ou significativo moral; cenas de efeitos pictóricos que exigem do cérebro elaboração neural extremamente rápida. Desenhos de aventuras surreal, desvinculado com a realidade do dia a dia. Cenas desenvolvidas por imaginação de seus “criadores” sem qualquer significado pedagógico para um ser humano normal; acabam gerando nas crianças ao longo dos anos saturação mental, não mais querendo aceitar qualquer regra ditada pelos pais e professores.

Limites não só deve ser dado aos filhos, mas também aos canais de televisão. Esta conversa fiada de que a criatividade cultural deve ser livre, é pura balela quando se trata de respeitar os valores da sociedade.

Surge agora no cenário psiquiátrico, uma nova síndrome chamada de TOD, (Transtorno Opositor-Desafiante), onde crianças em torno de 6 a 12 anos entram num processo de rebeldia em permanente conflito e desafios com os pais; recusam-se a cumprir regras ou comando de adultos sem explicação. Discutem e se rebelam, sem qualquer motivo aparente; não querem assumir seus erros ou responsabilidades. Se os pais chamam a atenção da desordem de seus quartos, roupas jogadas no chão…, simplesmente ignoram, deliberadamente. Aborrecem com facilidade, ficam com mau humor, procuram culpar os outros pelos seus erros e desmandos. Emocionalmente, assumem um comportamento apático e negativo diante dos desafios da vida. Na escola não conseguem mais se concentrar nos estudos; no desespero, pais invés de procurarem as causas procuram psiquiatras.

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