Brenda Pereira
Sociedade Pelznickel desfila pelas ruas de Guabiruba nesta véspera de Natal; veja fotos e vídeos
Tradicional desfile do Pelznickel aconteceu na tarde desta quinta-feira
Na tarde ensolarada desta quinta-feira, 24, a Sociedade Pelznickel percorreu ruas de Guabiruba em seu tradicional desfile da véspera de Natal.
O grupo saiu em carreata da Pelznickelplatz, no bairro Imigrante, por volta das 14h30, em direção ao bairro São Pedro.
Neste ano, por conta da pandemia da Covid-19, não foi possível organizar a Pelznickelplatz, que todos os anos atrai milhares de pessoas para conhecer a tradição.
Para não deixar a data passar em branco, a sociedade organizou uma série de desfiles pelos bairros de Guabiruba ao longo do mês de dezembro. Neste ano, ao invés da população ir até o Pelznickel, o personagem quem os visitou. O grupo, inclusive, marcou presença na ponte Hercílio Luz, em Florianópolis.
O presidente da Sociedade, Fabiano Siegel, avalia que os desfiles pela cidade foram um sucesso. O grupo passou por ruas onde não costumava passar. A passagem pelos bairros é como voltar às origens. “Foi que nem voltar aos anos anteriores, vinte, trinta anos atrás quando o Pelznickel andava nas ruas, visitava as casas. Foi muito bom, o pessoal gostou muito”.
Siegel diz que todos os membros da Sociedade estiveram bastante engajados com a causa e mesmo sob chuva na maioria dos dias, seguiram animados para cumprir o objetivo de levar a tradição para a comunidade guabirubense.
Henrique Fischer, de 13 anos, esteve desfilando pela primeira vez com a Sociedade Pelznickel este ano. Ele conta que sempre quis participar e quando está desfilando se sente feliz por repassar a tradição.
O menino recorda que quando era menor os pais falavam do Pelznickel. “Meus pais sempre diziam que se eu não me comportasse, ele [o Pelznickel], me levava pro mato. Aí sempre tive muito medo”.
Adilson Fischer e o filho, Carlos Henrique, também participaram pela primeira vez este ano como convidados da Sociedade.
“A gente sempre prestigiava o trabalho deles e esse ano decidimos fazer parte pra realmente ver como é feito”, conta Fischer. Eles participaram de alguns desfiles. “Foi bem legal, bem interessante e gratificante”.
Carlos Henrique, que tem 14 anos, recorda que tinha bastante medo do Pelznickel quando ia até a Pelznickelplatz. “Curei esse medo vendo eles se vestirem e por andar com eles”. O adolescente diz que é muito emocionante participar. “É uma emoção grande estar assustando as crianças e cobrar obediência delas”, finaliza.