Sequestradores de empresário batistense são apresentados na Deic
Coletiva sobre o crime que envolveu o sogro do prefeito de São Batista, aconteceu nesta segunda-feira, 28, em Florianópolis
Os sequestradores do empresário João José Gonçalves, 75 anos, sogro do prefeito de São João Batista, Daniel Netto Cândido, são Paulo Roberto Silva, 34 e Honorato de Jesus Freitas, 33. Uma ação da Polícia Civil de Santa Catarina deu fim ao sequestro do senhor, resgatado na sexta-feira, 25, após 15 dias em cativeiro.
O delegado da Divisão de Antissequestro e Roubos da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Anselmo Cruz, e o diretor da Deic, delegado Adriano Bini, concederam entrevista coletiva sobre o caso nesta segunda-feira, 28, em Florianópolis.
O caso
Gonçalves foi sequestrado na tarde de 10 de dezembro, quando homens entraram na casa do empresário em São João Batista, e o levaram como refém sem roubar nada. Os sequestradores começaram a fazer contato por telefone com a família do empresário após o terceiro dia de sequestro, mas em nenhum momento chegou-se a acertar o pagamento de resgate. A vítima foi localizada e liberada no dia 25 na região de Paranaguá, no Litoral do Paraná, onde também ocorreram as prisões.
A ação que libertou o empresário foi conduzida pelo delegado Anselmo Cruz e contou com o apoio da Polícia Civil do Paraná. Foram 15 policiais da Deic diretamente envolvidos nas investigações.
“Nossas vidas pararam durante estas duas semanas. Deixamos nossas famílias e tudo mais de lado para termos dedicação integral às investigações e assim conseguir trazer a vítima de volta a sua casa. Foi um trabalho muito complexo”, destacou Cruz. O delegado explicou que os sequestradores demonstraram ter planejado a ação há bastante tempo. Durante o sequestro, percorreram diferentes estados e usaram três cativeiros diferentes. Os policiais da Deic percorreram mais de 20 mil quilômetros durante as investigações.
A vítima estava sempre trancada em um quarto, com alimentação restrita e em nenhum momento teve contato visual com os sequestradores. O inquérito da investigação ainda está sendo finalizado, e a polícia continuará procurando outros possíveis envolvidos em Santa Catarina e no Paraná. Os dois detidos responderão por extorsão por sequestro, entre outros crimes. A idade avançada da vítima é um agravante para a pena.
Os sequestradores
Paulo Roberto Silva, 34 anos, natural de Águas Frias, morava atualmente em Tijucas, mas a polícia descobriu que ele havia sido vizinho da família da vítima em São João Batista. Já tinha passagem na polícia por estelionato e enquadramento na Lei Maria da Penha.
Honorato de Jesus Freitas, 33 anos, natural e morador de Guarapuava, no Paraná. Também tinha passagem por estelionato e porte ilegal de arma.