Segundo dados preliminares da Pesquisa Nacional de Vitimização, divulgados pelo Ministério da Justiça, Santa Catarina é o 16º estado em número de denúncias de extorsão praticadas por policiais militares, número que representa 1,27% dos casos no país. O destaque do ranking é o Rio de Janeiro, com três em cada dez vítimas. O estado é o que concentra o número mais elevado de vítimas desse tipo de crime e responde sozinho por mais da metade das vítimas em todo o Sudeste.
Somando os quatro estados do Sudeste, 1.098 pessoas relataram casos em que tiveram que pagar propina a policiais militares, sendo 619 somente no Rio de Janeiro. Isso representa 7,2% dos entrevistados no estado (8.550 pessoas) e 30% das vítimas desse tipo de crime em todo o país. Do total de 78 mil entrevistados em todo o país, 2,6% disseram ter sido vítimas de extorsão praticada por policiais militares e a grande maioria (97,4%) disse nunca ter pago propina a um Policial Militar.
De acordo com o levantamento, que segundo o Ministério da Justiça tem o objetivo de comparar o número de ocorrências criminais na população com os dados oficiais registrados pelas polícias, São Paulo aparece em segundo lugar no ranking, com 373 pessoas tendo vivido esse tipo de situação. O número corresponde a 1,8% dos entrevistados no estado (21.209) e a 18% das vítimas no país.
Roraima e Acre, ambos no Norte, são os estados com menos vítimas desse tipo de extorsão. Nos dois estados apenas uma pessoa entre as entrevistadas relatou ter dado dinheiro a policiais militares, número que corresponde a aproximadamente 0,04% do total de vítimas. Ainda segundo o levantamento, 61,6% dos entrevistados consideram que os policiais militares fazem “vista grossa” à desonestidade dos colegas de corporação.
A pesquisa também revela dados relativos à extorsão praticada por policiais civis. Do total de 78.006 entrevistados, 0,8% disseram ter sido vítima desse tipo de situação, contra 99,2% que negaram. O levantamento aponta que, nesse caso, o estado de São Paulo aparece em primeiro lugar do ranking, com 170 vítimas. O número corresponde a 0,8% dos entrevistados no estado (21.213) e a 28% do total de vítimas no país. Em seguida, está o Rio de Janeiro, com 102 vítimas, o que representa 1,2% dos entrevistados no estado (8.550) e 17% das vítimas considerando todos os estados.
Fonte: Agência Brasil