Saiba quantas pacientes aguardam agendamento para colocar DIU em Brusque

Método contraceptivo já foi solicitado por 347 pessoas desde 2020

Saiba quantas pacientes aguardam agendamento para colocar DIU em Brusque

Método contraceptivo já foi solicitado por 347 pessoas desde 2020

Em Brusque, 130 pacientes aguardam agendamento para colocarem o dispositivo intrauterino (DIU) desde outubro de 2022. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Saúde em resposta a um pedido de informações feito pela vereadora Marlina Oliveira (PT).

O DIU de cobre é um método contraceptivo não-hormonal ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em forma de T, ele é colocado dentro do útero, que libera uma pequena quantidade de cobre para impedir que os espermatozoides fertilizem os óvulos.

Conforme a secretaria, desde 2020 foram 347 pessoas que solicitaram a colocação de DIU. Apenas no último ano, foram 77 pacientes agendadas. Destas, 28 foram até outubro e 49 foram após outubro, quando iniciou o novo protocolo adotado no município.

De acordo com a diretora-geral da Secretaria, Camila Pereira, para conseguir o procedimento, a porta de entrada é a Unidade Básica (UBS). Como se trata de tratamento reprodutivo, o próprio profissional de enfermagem pode fazer a solicitação.

Segundo a pasta, o tempo médio de espera para colocar o dispositivo é de três meses. Esse tempo foi calculado considerando a quantidade de médicos que atuaram no procedimento anteriormente.

A pasta detalha que, até outubro do último ano, apenas um médico da clínica da mulher colocava o DIU, que conciliava a agenda aos diversos atendimentos. Além disso, a secretaria explica que, antes, existia a obrigatoriedade da mulher estar em período menstrual no dia da consulta para a inserção. A situação frustrava o êxito na colocação.

Também, com o protocolo antigo, o exame de ultrassom de controle era regulado em uma fila única do procedimento, o que levava a mulher a esperar até seis meses para a execução.

Porém, em outubro de 2022, a secretaria contemplou a inserção do DIU no planejamento reprodutivo do município. Isso aconteceu através do contrato com o Hospital Dom Joaquim, que contratualizou o serviço com um profissional qualificado que, por tabela SUS, faz o procedimento considerado padrão de excelência, que não é fornecido em nenhum município do entorno.

“A principal diferença com o novo protocolo é o acesso, pois agora a fila é exclusiva para o DIU. Ou seja, a paciente não está mais na fila geral para atendimento na Clínica da Mulher. O médico contratado pelo Dom Joaquim faz o procedimento em todas as pessoas independente do período menstrual”, explica Camila.

A secretaria responde ao ofício que a oferta do ultrassom antes da inserção é realizado para a segurança e bem estar das pacientes. O procedimento é feito para detectar possíveis malformações que impedem a inserção ou até mesmo gravidez. Com o ultrassom pós procedimento, é possível ter a garantia que foi feita a colocação correta.

Nos três meses seguintes após o início do novo protocolo, a secretaria aponta que realizou mais procedimentos do que em anos anteriores inteiros. Só em 2023, até o fim de fevereiro, foram 44 pacientes contempladas.

Confira número de pessoas contempladas com o DIU nos últimos anos:

2020 – 44 pacientes agendadas;
2021 – 96 pacientes agendadas;
2022 – 77 pacientes agendadas (28 pacientes até outubro e 49 no novo protocolo, a partir de outubro).

Atuação de enfermeiros

Hoje, com o novo protocolo, os enfermeiros da rede municipal estão todos aptos a solicitar o procedimento, o que dá agilidade ao processo.

Também, a pasta ressalta que existe a intenção da secretaria utilizar enfermeiros para a colocação do DIU, o que ainda não ocorre.

Camila explica que a legislação do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) exige minimamente um treinamento de 70 horas de curso presencial, que é algo ainda a ser buscado dentro do rol de treinamentos da secretaria. A ação dependerá também do interesse dos enfermeiros em realizar o treinamento.

”É preciso querer e ter segurança, parece simples pois é um procedimento bem complexo. O enfermeiro pode estar habilitado a fazer, mas isso não significa que ele esteja qualificado. Essa é a nossa maior preocupação, por isso fizemos esse protocolo de acesso mais rápido e seguro. Futuramente, vai se pensar se o enfermeiro vai colocar ou não”, comenta.

Além disso, a secretaria salienta que o exame com ultrassom pré e pós inserção não poderá ser feito por enfermeiro. A pasta justifica que trata-se de um procedimento específico feito por profissional médico.


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