Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - rodrigosantos@omunicipio.com.br

Vitória com Estrela

Rodrigo Santos

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Vitória com Estrela

Rodrigo Santos

O jogo contra o Próspera caminhava para um sonolento empate em zero a zero quando o goleiro Igor, do time de Criciúma, fez uma reposição errada de bola, e jogou em cima do garoto Pedoca, que foi muito feliz em acertar uma bomba do meio da rua no ângulo. Olha, não fosse isso, dificilmente a vitória viria. O time de Criciúma veio ao Augusto Bauer com a única intenção de se defender, com uma linha de cinco e outra de quatro, dando muita dificuldade para que o meio-campo do Bruscão trabalhasse.

Mas, no final, deu tudo certo e a sexta vitória seguida veio. Com vinte pontos, o Brusque é o novo líder do campeonato estadual, e poderá até garantir a primeira posição da fase se vencer o JEC no domingo e contar com alguns tropeços. No próximo jogo, a situação é diferente, com o Joinville tendo a necessidade da vitória, o que dará espaço ao Brusque para trabalhar a bola. Waguinho Dias tem falado que o time tem espaço para melhorar, e é importante que se busque cada vez mais alternativas para que o time entre na melhor condição possível na fase eliminatória.

Não é sempre que o Brusque vai enfrentar um time retrancado. Aliás, a tendência é que os dois próximos jogos sejam diferentes. E já começo a olhar para a Série B. A diretoria já disse que vai trazer de seis a oito jogadores para reforçar o time, que já mostra virtudes. Posso queimar a língua, mas no papel a condição de montagem do time para o Brasileiro é bem melhor que a do ano passado.

Negociação

Em entrevista coletiva na tarde de quarta, o presidente do Brusque Danilo Rezini expôs todas as exigências e situações que envolvem a liberação da CBF para que o Brusque possa mandar seus jogos no Brasileirão no Augusto Bauer. Os principais problemas já são conhecidos, como o gramado, iluminação, segurança e a questão das placas de publicidade localizadas no muro oposto às cobertas, onde o Carlos Renaux tem renda com publicidade. Falando nisso, o Vovô fez uma proposta para resolver esse problema: que o Brusque arcasse com mais um valor mensal, referente à soma das mensalidades das placas, além dos valores de aluguel que já são pagos.

Condições

Se colocar na ponta do lápis, essas novas adequações vão custar uma boa grana ao Brusque e à Havan, mas acredito que o investimento será menor do que viajar em todo jogo como mandante, fora o aluguel de estádio e o custo para abri-lo, sem contar com o prejuízo de uma renda pequena. Uma coisa é certa: a possibilidade do Gigantinho receber, que era remota, hoje é considerável. Ouvi de uma pessoa ligada à CBF que, se o Bruscão conseguir cumprir a lista de exigências, não vai ter pressão de outro clube que proíba que os jogos aconteçam na cidade.

No desespero

O Joinville está montando uma operação de guerra para o jogo contra o Brusque no domingo, que poderá encaminhar o rebaixamento do tricolor em caso de derrota. Uma emissora de rádio da cidade está fazendo campanha para que empresários comprem ingressos que possam ser doados para torcedores. O presidente Charles Fischer, criticadíssimo pela torcida, tem pregado que o time vai “comer grama” para conseguir a vitória. Dentro de campo, a diferença técnica entre os dois times é gigantesca. Em condições normais, o Brusque não perde esse jogo de forma alguma. Só tem que tomar cuidado, principalmente nos minutos iniciais.

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