Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - rodrigosantos@omunicipio.com.br

O medo de perder tira a vontade de ganhar

Rodrigo Santos

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O medo de perder tira a vontade de ganhar

Rodrigo Santos

Existe uma máxima que vale não só para o futebol, bem como para a vida, que diz que “o medo de perder tira a vontade de ganhar”. O Brusque fez isso contra o Avaí. Sentou no regulamento, abandonou a característica ofensiva, não teve inspiração e acabou sendo punido pela bola. O Leão veio a Brusque pra jogar bola. Pressionou, ainda que sem qualidade, desde o início. E a perseverança foi premiada com o gol que acabou expondo todo o problema que o Bruscão leva para a Série B.

Penso que o Brusque está regredindo, e isso já vem de tempo. O time não é mais o mesmo, aquele futebol envolvente e produtivo ficou em algum lugar que não se encontra mais, e o técnico Jerson Testoni está entrando nessa maré. O time não pressiona no ataque há tempo, não possui variações além da jogada que precisa passar por Thiago Alagoano (apagadíssimo nos dois jogos) e acaba parando nas marcações adversárias. O treinador insiste numa formação com pouca presença no meio e entra em campo com um a menos ao insistir em Bruno Alves, um jogador limitadíssimo, no ataque.

Chegar na semifinal era uma obrigação, afinal, o time tem uma folha de meio milhão de reais, entre as três maiores do campeonato. E tem mais: na Série B, que começa na semana que vem, o nível será desse jogo pra cima. Não adianta insistir nessa mesma filosofia de jogo que o caminho de volta para a C vai ser rápido. O clube está contratando jogadores, e espero que eles sejam realmente usados. De nada adianta você trazer meias como Diego e Jhon Cley, e insistir no sistema de jogo abusivamente centralizado no seu camisa 10, que nem sei se é mais unanimidade assim.

Todos nós tentamos avisar, mas quem critica sofre tentativa de cancelamento por quem acha que tá tudo certo. A “zona de conforto” criada em volta do Brusque preocupa. E pasmem, tinha diretor e funcionário do clube reclamando de arbitragem na partida, quando o time sequer chutou a gol para dizer que teve alguma força ofensiva. Sobrou até pro bandeirinha, que tomou um copo d’água no pescoço. É sinal de que as coisas não estão bem. Ou bem pior do que está sendo pintado pelo clube.

Falta pouco mais de uma semana para a Série B, e com a estreia em um jogo difícil contra a Ponte Preta, onde o nível de exigência vai aumentar demais. Os jogadores que estão chegando precisam ter oportunidades de jogar, para subir o nível de qualidade. É primordial que o time tenha mudanças e saia dessa mesmice.

O time do Avaí merece cumprimentos por entrar em campo com persistência e vontade de vencer, ainda que pese a falta de qualidade ofensiva. Mas quem quer alcançar o topo precisa lutar por isso. O Brusque não lutou, e está fora do Estadual, sem vaga na Copa do Brasil no ano que vem. Somando o prejuízo da eliminação para o Retrô e a não classificação para a final do Catarinense, dá mais de 1 milhão de reais de perda.

Iluminação

A diretoria do Brusque tem em mãos um orçamento de R$ 690 mil para fazer a troca do antiquado sistema de iluminação do Estádio Augusto Bauer, num serviço que deve durar cerca de três semanas. A Havan vai ajudar com parte do valor, e o clube terá que arcar com o resto. Lembrando que o clube prometeu uma premiação total de R$ 500 mil aos jogadores, caso chegassem à final do estadual. Agora essa grana pode ser usada para outra finalidade.

Basquete

Acontecem hoje na Arena Brusque as semifinais do Campeonato Brasileiro de Basquete. As 15h30, o Flamengo Blumenau pega o Basket Osasco, enquanto que o Botafogo pega o União Corinthians, do Rio Grande do Sul, as 18h30. A final está marcada para o sábado, às 18h45. O time de Brusque conseguiu chegar à terceira fase da competição, mas acabou eliminado pelo time gaúcho com duas derrotas.

O Copo

O mistério do momento é: quem atirou o copo no bandeirinha de Brusque x Avaí? A imagem da TV inocenta o auxiliar Luan Carlos, que inclusive estava de costas para o acontecido. A diretoria do Brusque disse que está “trabalhando” para identificar o profissional. Cá entre nós, não tinha tanta gente assim no banco de reservas pra saber quem foi. E o coitado do assistente não teve culpa alguma do resultado.

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