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No outro patamar

O Brusque entrou em campo contra o Ituano numa “pilha” que há um tempo não via. Comparável, talvez, aos jogos da Copa do Brasil lá antes da pandemia. Desde os primeiros minutos, dava pra ver que o time tava com vontade, as vezes até vontade demais, já que tomou dois gols por desatenção. Mas com […]

O Brusque entrou em campo contra o Ituano numa “pilha” que há um tempo não via. Comparável, talvez, aos jogos da Copa do Brasil lá antes da pandemia. Desde os primeiros minutos, dava pra ver que o time tava com vontade, as vezes até vontade demais, já que tomou dois gols por desatenção. Mas com o andar do jogo, essa tensão diminuiu e o time construiu o resultado contra o Ituano. Meses depois, a gente voltou a ver o time intenso lá de trás e que tinha se perdido em algum lugar. O verdadeiro Brusque voltou.

Não é o time perfeito, mas tem em campo um Thiago Alagoano que chama a responsabilidade e faz o time funcionar. Orienta, distribui e aparece para decidir. E nisso, o time construiu duas vitórias importantes, garantiu o acesso e pode ir para a final até perdendo o jogo de sábado contra o pressionado Santa Cruz, caso o Vila Nova não vença em Itu.

E agora, o que esperar do Brusque? Vai mudar muita coisa: exposição bem maior, interesse nacional, jogos para todo o país pela TV, time no videogame, jogador no álbum de figurinha…. e um dinheiro que o clube nunca teve: serão aproximadamente R$ 6 milhões que entrarão na conta do clube nesta temporada 2021. Eu mesmo recebi ligação de empresas pedindo contato do presidente para patrocinar na camisa. A Série B é uma outra realidade, num campeonato de 38 rodadas, que vai exigir elenco maior, qualidade maior e uma organização maior. As próprias opções de mercado aumentam.

Enfim, o campeonato da Série C ainda não terminou, mas o principal objetivo foi alcançado logo no primeiro ano, com muitos problemas, obstáculos, conflitos e até goleadas. Ainda bem que o time voltou pra rota naquele jogo em Goiânia. Virou o ano, e a “vibe” daquele time do início de 2020 reapareceu. Mas há um longo caminho pela frente, pois a Série B é um outro mundo e o Brasil vai querer saber mais do Bruscão.


Estádio

Agora que o acesso à Série B é realidade, o assunto do estádio vem a tona. São 4 meses para que o Brusque resolva o problema ou designe um estádio para mandar seus jogos no campeonato brasileiro. Vamos aos fatos: nada de novo apareceu nesta semana. Recebemos o presidente, o prefeito e o presidente da Câmara aqui na TV Brusque ainda falando sobre possibilidades, sem nada concreto. A conclusão: só existe uma possibilidade do estádio sair esse ano, e ela atende pelo nome de Luciano Hang, que já declarou que a Arena não é uma prioridade. O acesso surpreendeu a todos, pegando todo mundo de calça curta com uma bomba enorme nas mãos. Jogar a mais de 100km de Brusque vai representar um prejuízo enorme no caixa, sem contar a falta do fator casa.


Não agora

Entrevistado pelo portal ND Mais, o dono da rede de lojas Havan deu uma declaração cheia de cautela, e sem prometer nada: “Vamos esperar passar essa pandemia. Muitas pessoas perderam o emprego por conta dessa loucura que os gestores públicos fizeram”. Bom lembrar que ainda há um impasse legal da cessão do terreno, e além do mais nada foi feito para iniciar a obra. Desconheço se existe um projeto de execução. Todos esperam um sinal positivo dele.


Nível

Cá entre nós: se o time do Avaí, que fez aquele estadual terrível, ainda tem chance até de conseguir acesso (se bem que bobeou demais nos jogos em casa), jogar uma Série B para permanecer não é o fim do mundo. Mas a falta do estádio, a falta de jogar dentro de casa, é um fator importantíssimo.


Outro acesso

E nessa maré positiva que o futebol brusquense vive, o Carlos Renaux pode amanhã garantir seu acesso para a Série B do Estadual neste ano. Bastará vencer o lanterna Orleans por 3 gols de diferença para não depender de nenhum outro resultado e carimbar uma das três vagas. Por mais que muitos olhem o acesso do tricolor com receio, é importante: tem jogador no time que pode ser observado pelo Brusque, que por sua vez pode emprestar jogadores ao Vovô para ganhar rodagem. Clubes que viverão em realidades diferentes e podem muito bem fazer parcerias.