Rede de inclusão de pessoas com deficiência é criada em Brusque
Encontro reuniu diversas entidades com o objetivo de promover ações que contribuam para o acesso dos deficientes ao mercado de trabalho
Na semana passada, diversas entidades se reuniram com o objetivo de criar a rede de inclusão de pessoas com deficiência em Brusque e região. O encontro foi realizado no Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) e reuniu representantes de mais de 30 entidades de diversos segmentos.
A assistente social Emanuelle Dias Pinto é técnica de referência do Programa de Promoção ao Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas) e destaca que a ideia de criar a rede de inclusão surgiu para unificar as ações que já são realizadas por diversas entidades. “Já existiam várias instituições fazendo ações para este público sozinhas e vendo que há uma necessidade, decidimos trabalhar em rede”, diz.
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O principal objetivo da rede é proporcionar a inclusão dos deficientes no mercado de trabalho. Há a intenção por parte do Ministério do Trabalho, em parceria com o Sesi, de realizar um feirão de empregabilidade no município voltado a este público, mas antes de o evento ser realizado foi sentida a necessidade de fortalecer a rede e aprimorar o atendimento a essas pessoas.
“Nesta primeira reunião foram apresentados os desafios a se vencer e saímos com várias possibilidades para dar início a este trabalho. O município precisa ter um olhar especial para essa situação”, ressalta.
Um dos participantes da reunião foi o servidor administrativo da Central de Atendimento à Pessoa com Deficiência (Ceped), da Prefeitura de Brusque, Sidnei Pavesi.
Ele é cego e conhece bem as dificuldades e as necessidades que o deficiente têm em Brusque.
“Tendo uma rede estruturada para isso, a gente não se sente nadando contra a maré sozinho. A nossa intenção é divulgar a importância e fazer com que os deficientes sejam incluídos. Só contratar para cumprir a lei da cota pode ter o efeito inverso, o deficiente pode se sentir excluído, um empecilho para a empresa”, diz.
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O Ceped é o órgão responsável por encaminhar os deficientes ao mercado de trabalho. De acordo com Pavesi, só nas duas últimas semanas, sete pessoas com deficiência foram contratadas no município. No primeiro semestre deste ano, foram 16 contratações por meio da entidade, número que já igualou as contratações realizadas em todo o ano passado.
A legislação diz que empresas a partir de 100 funcionários devem ter em seu quadro de funcionários um a dois deficientes. O número aumenta progressivamente, de acordo com o número de colaboradores da empresa.
“A ideia é que por meio desta rede os deficientes venham, façam o cadastro, uma entrevista prévia aqui com a gente e aí fazemos o encaminhamento de acordo com o perfil da empresa e do trabalhador. Queremos atuar como facilitadores para o cumprimento desta lei no município”.