Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Vacina contra a gripe para os idosos também já foi alvo de grupos antivacina na década de 1990

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Vacina contra a gripe para os idosos também já foi alvo de grupos antivacina na década de 1990

Raul Sartori

O tempo
Quem te viu e quem te vê! Quem não lembra quando, no governo de Fernando Henrique Cardoso, se começou a vacinar a população brasileira contra a gripe e alguns grupelhos fizeram campanha contra, alegando que ele queria “matar os velhos” e assim economizar com aposentadorias? É claro que Bolsonaro falhou e falha demais na atual pandemia e por isso é ferozmente criticado pela oposição, mas que tal olhar para o histórico do que outros fizeram em passado recente?

História e otimismo
Às vésperas do aniversário de 200 anos da Independência de Portugal, praticamente a metade (49%) dos brasileiros que vivem em SC, Paraná e Rio Grande do Sul não sabem dessa comemoração. Mas, depois de tomarem conhecimento desse evento, 61% declaram que o Brasil tem o que comemorar. Mais da metade dos entrevistados (65%) se diz satisfeita com a vida no país particularmente ao ver a si e sua família com boa saúde após a grave e longa crise sanitária. O número de pessoas que acredita em tempos melhores para o país em longo prazo (57%) supera os que acham que o Brasil estará pior daqui a 10 anos (16%). Essas são algumas das revelações da 9ª edição do Observatório Febraban, que buscou investigar as percepções e expectativas para 2022 e os 200 anos da Independência política brasileira. O levantamento, realizado entre os dias 19 a 27 de novembro, com 3 mil pessoas nas cinco regiões do país, mostra que o brasileiro está resiliente frente às dificuldades impostas pela crise atual, mas cauteloso sobre o futuro próximo.

Luto
A primeira colônia de italianos no Brasil amanheceu de luto, ontem. Em sua casa, na estrada geral do distrito de Colônia Nova Itália, em São João Batista, faleceu às 20h30 de domingo a viúva Bernardina Angeli Fagundes, dona Dinha, com 108 anos de idade. Seu pai chegou ao Brasil com 19 anos, juntamente com o irmão Domênico.

O que dizem
Do colunista Cláudio Humberto: “A lei que prorroga os contratos (milionários) com usinas térmicas movidas a carvão mineral condena o Brasil a sustentar, por mais 15 anos, uma atividade suja, cara e poluidora. Mas, e daí? Garante a reeleição do senador Esperidião Amin (PP-SC), figuraça do Centrão”.

Erva-mate
Um dos primeiros projetos a irem para o plenário da Câmara dos Deputados neste ano proíbe o corte de árvore de erva-mate cadastrada e identificada como produtora de semente. O texto define um raio de 10 metros ao seu redor como área de preservação permanente. Tanto em SC como no Rio Grande do Sul, é árvore-símbolo. Além dos chás e do tradicional chimarrão, vem se tornando matéria-prima para o desenvolvimento de diversos outros produtos na indústria de alimentos e bebidas, servindo de base para a fabricação de geleias, pães, bolos, pudins, sobremesas e sucos.

Homenagem
Há um movimento que sugere o nome do jornalista Sérgio Lopes, falecido semana passada, para a Sala de Imprensa da Assembleia Legislativa, criada por sua iniciativa em 1988. Homenagem mais que justa e merecida.

Ensinamento
A maturidade ensina às vezes que se tem que aprender a ficar em silêncio mesmo quando se tem muito a dizer.

Unanimidade
Longe de aqui se minimizar a pandemia de Covid-19, mas não deixa de ser preocupante observar que alguns dos maiores veículos de comunicação do Brasil dão a entender que a variante ômicron só existe entre nós, e com milhares de vítimas. Na verdade, só uma até agora.

Sigilo
Foi sancionada a lei que obriga a preservação do sigilo sobre a condição de pessoas infectadas pelo vírus da aids, hepatites crônicas e pessoas com hanseníase e tuberculose. A lei 14.289/22 proíbe a divulgação por agentes públicos ou privados de informações que permitam a identificação dessas pessoas. Já o sigilo profissional somente poderá ser quebrado em casos determinados por lei, por justa causa ou por autorização expressa da pessoa com o vírus.

Linguagem
O Partido Novo se vangloria de seu prefeito joinvilense, Adriano Silva, que sancionou lei municipal proibindo o uso da linguagem neutra em órgãos públicos municipais. É uma das primeiras iniciativas municipais do país. Um exemplo de linguagem neutra é a substituição do “o” ou do “a” pelo “x” ou “e” em escritas como “todxs” ou “todes”, em vez de “todos” ou “todas”, numa tentativa de neutralizar os gêneros masculino e feminino. Será isso uma necessidade ou prioridade diante de tantas outras?

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