Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Pré-candidatos festejam crescimento de popularidade de Bolsonaro

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Pré-candidatos festejam crescimento de popularidade de Bolsonaro

Raul Sartori

Empurrão
Já há pré-candidatos a prefeito em inúmero municípios de SC festejando o crescimento da popularidade de Jair Bolsonaro. E o que eles mais sonham é uma manifestação do presidente (um recadinho em rede social, por exemplo) em seu favor para alavancar a campanha. Aguardam, ansiosamente, a próxima visita presidencial ao Estado, para selfies e fotos do tipo santinho. Se a popularidade se manter ou até aumentar, será um empurrão e tanto.

Gestão pública
O QI (o famoso e imoral “quem indica”) na área pública, está sendo banido. Pelo menos é o que parece com uma estimulante iniciativa, mostrada no rigoroso processo de seleção dos três membros do Comitê de Auditoria Estatutário, braço de suporte ao Conselho de Administração, da estatal catarinense Casan. Foi baseada em práticas recomendadas pelo respeitados Institutos Brasileiro de Governança Corporativa, dos Auditores Independentes do Brasil e dos Auditores Internos do Brasil. Foram destacados inicialmente 12 profissionais do mercado nacional (não apenas catarinense), avaliando sua formação acadêmica, certificações, experiências e noções sobre o setor. Seguiu-se rigorosa entrevista para avaliar competências, habilidades e atitudes. Enfim, um vestibular de governança corporativa, que resultou em três nomes. O Conselho de Administração da empresa garante não haver em SC processo mais rigoroso e técnico de seleção. Que bom. E que sirva de exemplo.

Dólares
Há quem, em SC, que esteja preocupado com a delação premiada de Dário Messer, o doleiro dos doleiros, que vai devolver a fortuna inacreditável R$ 1 bilhão, que foi o estimado, por baixo, do que roubou do contribuinte brasileiro, o meu, seu, nosso dinheiro, afinal? Aquele passarinho veio dizer que é pouco provável. O negócio com dólares por aqui é um pequeno varejo em relação ao imenso atacadão que Messer controlava. Estima-se que tenha movimentado US$ 6 bilhões.

Independência
Apesar dos vários acenos de Bolsonaro, entre eles o convite para o ex-presidente Michel Temer liderar a missão humanitária brasileira no Líbano, a possibilidade de o MDB ter presença forte no governo federal é questionada. Uma das vozes é a do deputado federal Celso Maldaner, presidente do partido em SC que, diferentemente da maioria dos seus correligionários, defende a independência da legenda em relação ao Executivo, mas apoiá-lo “em tudo que for bom para o Brasil”.

Louvor
Zombado que foi em redes sociais e até na Globo, o prefeito de Itajaí, Volney Morastoni, não se deixa abater, no que tem que ser elogiado, sim, porque, sendo médico, não tem medido esforços na busca de meios, além dos disponíveis cientificamente, para minorar os índices de covid-19 na sua cidade. Começou recomendando homeopatia, depois vermífugo e, por último, ozônio. Agora incentiva a cloroquina. Para salvar vidas, vale tudo.

Contra
Coerentemente com suas ideologias – não raro exagerando, fazendo a detestável oposição destrutiva – o Psol e o PV se insurgiram, e apresentaram na Câmara dos Deputados um projeto legislativo contra decreto presidencial da semana passada que autoriza a desestatização dos parques nacionais de Brasília e de São Joaquim, em SC. Alegam que não precisa privatizar e sim cumprir a legislação ambiental. Pensando bem….

Poder religioso
Quem, acima dos 40 anos, não lembra daquele padre ou pastor que que aproveitava a prédica ou sermão, do púlpito, para elogiar candidatos a cargos eletivos e, quando não, descaradamente, até pedir votos? Pois agora o Tribunal Superior Eleitoral está para criminalizar tais atitudes, e poderá caracterizá-las como “abuso de poder religioso”. A lei não prevê isso, mas os “supremos” e “superiores” estão sempre dispostos a legislar.

Migração estudantil
As autoridades educacionais do Estado não escondem uma preocupação em especial, já motivo de reuniões internas: quando a pandemia terminar e as aulas presenciais foram retomadas, provavelmente faltará lugar, servidores e professores para atender a demanda representada pelos estudantes que saíram, estão saindo e ainda sairão da rede privada, cujos pais ou responsáveis não tem mais meios financeiros para bancar. Tal rede tem 500 mil matriculas em 800 escolas, que empregam 40 mil pessoas e movimenta R$ 10 bilhões por ano em SC.

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