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Por engavetar ações contra o STF, senadores catarinenses não apoiam reeleição de presidente do Senado

Na gaveta I Teatral e mestre máximo em bajulação, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não terá o voto dos três senadores catarinenses se concorrer à reeleição, em janeiro. Esperidião Amin, Ivete Appel da Silveira e Jorge Seif Junior não aprovam a manutenção, na gaveta dele, de 38 representações contra os ministros “supremos” Alexandre de […]

Na gaveta I
Teatral e mestre máximo em bajulação, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não terá o voto dos três senadores catarinenses se concorrer à reeleição, em janeiro. Esperidião Amin, Ivete Appel da Silveira e Jorge Seif Junior não aprovam a manutenção, na gaveta dele, de 38 representações contra os ministros “supremos” Alexandre de Moraes (18), Luiz Roberto Barro (12) e Gilmar Mendes (5).

Na gaveta II
A propósito, a Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc) mandou oficio alertando a bancada catarinense no Congresso quanto à suspeitíssima proposta de emenda à Constituição do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que aumenta os poderes do Supremo Tribunal Federal. Na verdade, Calheiros quer fazer média com a Suprema Corte, onde ele tem, há anos, várias ações contra ele, a maioria por corrupção.

Festival de vaidades
Sem citar nomes, porque seria desperdiçar espaço, aqui, por serem muitos. Mas não se pode ficar calado diante de um descalabro com o dinheiro do contribuinte. É o custo das trocentas “homenagens” que acontecem, principalmente nesta época do ano. Há semanas, em Florianópolis, em que tem havido várias delas, com dezenas de “homenageados” e convidados, para receber medalhas, diplomas, comendas, insígnias e outras “honrarias”. O detalhe é que na maioria quem promove são instituições públicas, quando não para jogar confete sobre seus próprios membros, tudo, obviamente, com pompa e circunstância. Isso sem contar o custo com coquetéis, jantares, diárias, hospedagem e alimentação e até com pagamento de horas-extras, por ser agendadas fora do expediente normal. E quem, no final das contas, paga tão dispensável conta?

Patrocínio
Era de R$ 12 milhões o patrocínio anual que a brusquense Havan tinha com o Flamengo, agora com contrato encerrado. Dinheiro para exibir a marca nas mangas da camisa do clube. O rubro-negro parece não ter tido maior dificuldade para substitui-lo. Duas marcas novas se apresentaram e uma deve ser anunciada nos próximos dias.

Confusão à vista
Futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) já disse que uma de suas propostas é regular os clubes de tiro. Será que ele vai entender o que são os clubes de caça e tiro de SC, herança cultural trazida pelos colonizadores europeus? Ou vai botar tudo no mesmo saco?

Família
Uma ação incomum transitou pela Justiça estadual semana passada: um homem, em Laguna, foi condenado a cinco anos e 10 dias de prisão, em regime inicial semiaberto, por ameaçar divulgar conteúdo íntimo da própria mãe para obter dinheiro. Além disso terá que pagar R$ 20 mil à mãe por danos materiais.

Atividades físicas
Este governo estadual teve a brilhante ideia de incentivar a prática de atividades esportivas oferecendo quadras de beach tênis, que permitem vários esportes, nas escolas públicas. Já investiu R$ 3 milhões.

Reserva para motos
Está aí um projeto interessante, da deputada estadual Marlene Fengler (PSD), obrigando a reserva de espaço para o tráfego de motocicletas nas vias públicas de grande circulação das regiões metropolitanas instituídas em SC. Não é ilegal. Está previsto na norma geral do Código de Trânsito Brasileiro.

Privatização
O que os últimos governos estaduais sempre prometeram mas nunca cumpriram, Carlos Moisés prometeu e fez: o Terminal Rodoviário Rita Maria, em Florianópolis, inaugurado em setembro de 1981 e com arrojado projeto do arquiteto uruguaio Yamandu Carlevaro, finalmente tem, desde esta semana, administração privada. Assim o será por 30 anos. Seu nome homenageia uma negra, filha de escravos, famosa por suas benzeduras e rezas, que oferecia aos marujos recém-chegados à Ilha, além de pratos de comida.

Inclusão
Pelo menos 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, o que representa cerca de 24% da população, segundo o IBGE. Mas há sempre quem faça de tudo para minorar o sofrimento, como faz o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, daqui de SC, que dispõe em seu quadro de colaboradores 65 pessoas com deficiência (auditiva, visual, física e mental) e desenvolve ações de acessibilidade e inclusão junto às suas rotinas de atividades.