Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Pesquisa indica cenário bastante concorrido na eleição para governador em SC

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Pesquisa indica cenário bastante concorrido na eleição para governador em SC

Raul Sartori

Eleição com emoção
O primeiro turno para governador do estado, pelo que tudo indica, será emocionante. Pesquisa do Real Time Big Data divulgada ontem, mostra o governador Carlos Moisés na liderança. Na versão estimulada, em que os nomes dos candidatos são citados, tem 18% das preferências. Na espontânea, sem opções pré-definidas, 8% dos eleitores citam o nome do atual chefe do Executivo catarinense. Na pesquisa estimulada, foram informados 10 nomes para o eleitor. Após Moisés (18%), aparecem o senador Jorginho Mello (PL) com 14%, o ex-prefeito Gean Loureiro (União) com 12%, o senador Esperidião Amin (PP) e o ex-deputado Décio Lima (PT) com 9% cada. Completam a lista o senador Dário Berger (PSB), Antídio Lunelli (MDB), com 4% cada, Odair Tramontin (Novo) e Gelson Merisio (Solidariedade), com 3% cada, e Ralf Zimmer (PROS), com 2%. A pesquisa foi encomendada pela TV Record e registrada no TSE sob o protocolo SC-04302/2022.

Gol contra
Estão de mal a pior as finanças dos grandes clubes de futebol de SC. Quanto ao Joinville Esporte Clube, se o pedido de recuperação judicial não for aceito, falirá, admitem seus dirigentes. A Chapecoense, que também está em vias de pedir recuperação judicial, tenta se salvar. Está tentando até 85% de desconto nas milionárias indenizações às famílias de vítimas da tragédia na Colômbia.

Volta à política
Dizem os potins políticos que o ex-governador e senador Jorge Bornhausen teria recebido convite do ex-prefeito de Florianópolis e candidato ao governo do Estado, Gean Loureiro, para filiar-se ao União. Nas redes sociais, o que o “kaiser” – como é chamado simpaticamente nos bastidores – , mais tem feito ultimamente, é se entreter e espairecer com netos.

Fraquezas
Os catarinenses gostam de se vangloriar disso e daquilo, mas algumas explícitas fraquezas aparecem aqui e acolá. Uma é seu descaso em relação à saúde: a cobertura da terceira dose da vacina contra a covid-19 entre quem tem 18 anos ou mais chega no momento a apenas 46,5%, contra invejáveis 76,9% de São Paulo e 66% dos “pobres” Piauí, 62,9% do Ceará e 61,1% de Pernambuco.

Festa
Sim, é digno de comemoração um dos maiores avanços da pecuária catarinense, que foi a histórica conquista para o estado do status de área livre de aftosa sem vacinação, há 15 anos. Isso motivou a realização, ontem, do 5° Fórum Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa, em Florianópolis. O estado, a partir de um sério e perseverante trabalho dos produtores rurais, das agroindústrias e do Governo, criou, manteve e aperfeiçoou um notável sistema de defesa e vigilância sanitária animal, que se tornou um paradigma nacional com reconhecimento internacional.

Educar em casa
O escritor catarinense Deonísio da Silva bota seu bedelho na polêmica da “homeschooling”, a educação em casa. Diz: “O lar sempre foi a primeira escola. Mas no Brasil há processos judiciais em curso para punir pais, mães, avós ou outros responsáveis pelas crianças que contrataram professores para ministrar em casa o que na escola lhes vinha sendo negado: o ensino”. Assustadora verdade.

Bonança
Levantamento da economista Vilma Pinto, da Instituição Fiscal Independente (IFI), mostra que os estados tinham, até o fim do primeiro bimestre deste ano, R$ 319,8 bilhões para gastar. Até fevereiro passado, SC tinha R$ 15,4 bilhões. Quase tudo verba carimbada, que só pode ser usada para gastos específicos, como em saúde e educação. Outro lado: os governos estaduais se beneficiaram da transferência de recursos durante a pandemia e da alta da inflação, que turbina a arrecadação.

Atraso
Porque somos um país onde a civilização plena ainda não chegou é que o Senado vai analisar hoje projeto que assegura às pessoas portadoras de deficiência mental, intelectual ou sensorial o direito de ingressar em locais públicos ou privados na companhia de um cão de apoio emocional ou outro animal doméstico que exerça essa mesma função. Na justificativa do projeto consta como exemplo o caso recente que foi parar na Justiça catarinense envolvendo um hamster de 10 centímetros e 40 gramas. O animal de apoio emocional de uma criança com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), foi impedido de embarcar na cabine de um voo de uma companhia aérea brasileira para a Bélgica em 21 de novembro de 2021. A família estava de mudança para o país europeu. O animal teve que ficar com uma pessoa de confiança no Brasil, até posterior determinação judicial obrigando a empresa a providenciar o retorno ao Brasil do pai da garota, para que ele possa buscar a hamster.

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