Padres preferiram ignorar em seus sermões encontro de Lula com o Papa Francisco
Padres preferiram ignorar em seus sermões encontro de Lula com o Papa Francisco
- Por Raul Sartori
- 17/02/2020
- 13:00
Silêncio
Até onde as antenas deste espaço puderam captar, nas igrejas católicas de SC os padres preferiram silenciar e ignorar, em seus sermões, o que estava e está entalado na garganta de muitos de seus fiéis, principalmente os mais conservadores e simpáticos ao bolsonarismo: o encontro privado (fora da agenda do Vaticano, como parecia convir, diplomaticamente) do corruptíssimo ex-presidente Lula com o papa Francisco, quinta-feira.
Segunda instância
O projeto de lei do deputado Gilson Marques (Novo-SC) para autorizar a execução provisória da pena de prisão aos réus com condenação criminal em julgamento de segunda instância já tem as 280 assinaturas necessárias para que seja votado com urgência. Mas o ensaboado presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) apensou a proposta ao projeto global da reforma do Código de Processo Penal, fazendo com que a urgência conquistada de nada valesse. Com que intenções se saberá dia desses. No Senado, o projeto tem apoio aberto dos três senadores catarinenses (Esperidião Amin, Dário Berger e Jorginho Mello).
Notícias falsas
A CPI Mista das Fake News, do Congresso Nacional, tem reunião, amanhã, para ouvir representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Sociedade Brasileira de Imunizações. A sugestão foi da deputada Caroline de Toni (PSL-SC), que quer que a entidade contribua na investigação da prática de cyberbullying sobre os usuários mais vulneráveis da internet e o aliciamento e orientação de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.
Pedágios
Enquanto em SC o valor dos pedágios, em cinco praças, incluindo a de Paulo Lopes, no trecho sul da BR-101, de 220 quilômetros, poderá ser bem superior aos do trecho norte, de 240 quilômetros, com duas, algo inconcebível e incompreensível – o Ministério da Infraestrutura está dizendo que a nova concessão da Via Dutra, entre São Paulo e Rio de Janeiro, terá no mínimo um custo 20% a menos que o atual.
Aventura frustrada
O noticiário esportivo nacional relacionado ao futebol no último final de semana deu destaque ao futebol catarinense por um único fato: a demissão, pelo Avaí, de Florianópolis, sexta-feira, do primeiro técnico estrangeiro (no caso o português Augusto Inácio) que chegou este ano. Dirigiu o time em apenas sete jogos e os resultados foram péssimos.
Foie gras
No Brasil, somente em Florianópolis e Blumenau é proibida a venda e a produção de foie gras, iguaria francesa feita do fígado de pato ou ganso com alimentação forçada. Pomerode, vizinha de Blumenau, é, ironicamente, o maior produtor nacional. O negócio pode acabar se o Supremo Tribunal Federal decidir – o assunto está em pauta – se estende a proibição para todo país a partir de recurso contra lei da cidade de São Paulo, de 2015. O STF vai decidir se município tem competência para legislar no assunto. Em Nova York a proibição começa em 2022.
Gastos
O contribuinte, vitima de deboche dos Maias, Toffolis e Alcolumbres no quesito, gosta de saber que há um sincero esforço do governo estadual catarinense em cortar despesas, como a que resultou da venda de um jato. O uso de jatos particulares pelos últimos governadores de SC resultaram em gastos atualizados de quase R$ 5 milhões anuais. Louve-se o fato de o governador Carlos Moises fazer uso, ao máximo, de voos comerciais. E gastou apenas R$ 200 mil nos últimos 12 meses.
Vitimas
Uma empresa de processamento de pescados de Itajaí, com 2 mil empregados, às vésperas da safra da sardinha, foi embargada pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA-SC). Motivo: alguns moradores vizinhos reclamaram do mau cheiro, sem saber que muitos outros, incluindo parentes, trabalham na empresa e estão sendo prejudicados. O clima é de muita animosidade.
Em choque
O tráfico de drogas vem escolhendo pequenos municípios de SC para prosperar. É o caso de Presidente Getúlio, no Alto Vale do Itajaí, com 15 mil habitantes, a maioria de descendentes suíços, alemães e italianos. O que chocou a cidade por estes dias foi a condenação a penas entre 10 e 14 anos, em regime fechado, de um grupo de conhecidos jovens locais, de respeitadas famílias, por associação criminosa. Queiram enriquecer rapidamente, por meios escusos. Em operação anterior, foram cumpridos 28 mandados de prisão e mesmo assim não se conseguiu acabar com o comércio ilícito de drogas na pacata cidade. Casos assim se replicam em dezenas de cidades, até nas mais diminutas em população. Lamentável.