Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Raul Sartori: Novo pedido de impeachment do governador, no atual momento, é um despropósito

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Raul Sartori: Novo pedido de impeachment do governador, no atual momento, é um despropósito

Raul Sartori

Despropósito
Advogados, um desembargador aposentado, profissionais liberais e empresários, totalizando 16 pessoas, apresentaram na Assembleia Legislativa mais um (o sétimo) pedido de impeachment do governador Carlos Moisés e da vice Daniela Reinehr. Com todo respeito às muitas razões que eles tem, tal iniciativa, num momento tão cruel para todos como o atual, é um despropósito. A uns isso parece a velha política inconformada contra alguém que ousou enfrentá-la. Mas essa é outra discussão.

Barulho e silêncio
Ouve-se protestos com o aumento de 44,44% na tarifa de pedágio da BR-101 no trecho norte de SC, de R$ 2,70 para R$ 3,90. Mas quase nada se ouviu quanto aos sucessivos aumentos de tarifa na BR-116, entre Lages e Correia Pinto, que começou em R$ 2,10 e está no momento em R$ 6,30. E implantado depois da BR-101.

Amamentação
Uma em cada seis mulheres recebeu “atenção sexual indesejada” enquanto amamentava em público, revela nova pesquisa feita na Inglaterra. Mais de um quarto delas (27%) tiveram que ouvir que deveriam “alimentar seu bebê em outro lugar”. Nisso SC está lá na frente: há aqui uma lei estadual do ano passado que dá o direito a qualquer mãe de amamentar em qualquer recinto coletivo de acesso público. Até então não havia legislação, como se precisasse de alguma para a mulher decidir sua própria vontade e atender uma necessidade biológica elementar.

Medo de Moro?
Em rodas de gente do meio jurídico não se fala em outra coisa, ou seja, do receito que o ministro “supremo” Dias Toffoli parece ter do ex-colega Sérgio Moro ser candidato à Presidência da República em 2022. Assim é que teve a petulância de propor uma desazada quarentena de oito anos para magistrados se lançarem na política. Verdade seja dita: todos os políticos, e outros que não ousam confessar-se a seu travesseiro, tem mesmo medo é da volta do combate à corrupção.

O que ler?
Um antigo leitor, que não é bolsonarista, nem de esquerda e nem petista, fez a pergunta perturbadora: em quem realmente confiar na grande mídia nacional, tipo Folha de S. Paulo, O Globo, Estadão e Rede Globo? É difícil responder, mas há um fato a considerar: na medida em que eles centram canhões diários contra o governo, reconhecendo raríssimos méritos, esquecem que diariamente perdem leitores e telespectadores que não são de direita, centro ou esquerda. Só querem um jornalismo isento e um Brasil melhor. É esse público, de dezenas de milhões, que tais veículos estão menosprezando.

“Puxadinho”
Em Florianópolis e Balneário Camboriú se sabe, muito bem, e nas áreas mais nobres, o significado de “puxadinho”, aquele acréscimo nos altos dos prédios, depois do “habite-se”, absolutamente ilegais, mas que “passam”, digamos assim. Pois o expediente foi institucionalizado no Rio de Janeiro, com nova lei urbanística do prefeito Marcelo Crivella, aprovada na historicamente corrupta Câmara de Vereadores (como a da Capital de SC) que dá prazo de 60 dias para quem construiu ou quer fazer obras fora dos padrões urbanísticos atuais, apresentar um requerimento e outros 30 para quitar à vista uma contrapartida a ser fixada. A diferença é que em Florianópolis tudo fica como está.

Estupro
No que pode ser avanço extraordinário no assunto, inclusive no Brasil, está apto para votação em plenário, na Assembleia Legislativa, projeto de lei que visa instituir em SC um programa de atenção específico para as vítimas de estupro. Se passar, será implantado nas delegacias de polícia e no Instituto Médico Legal do IGP.

Telefonia
A Brasil Telecom (Oi) deverá reabrir seus postos e lojas de atendimento pessoal em SC. Uma ação civil pública, ajuizada em 2002 pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério Público de SC com essa finalidade, transitou em julgado (não há mais possibilidade de recursos) e a operadora de telefonia deve cumprir a determinação da Justiça.

Cinzas
Um negócio próspero na região metropolitana de Florianópolis não é a construção de novos cemitérios, cujas implicações ambientais só Freud pode explicar, mas sim de crematórios para humanos e animais. O problema é a legislação, que as câmaras de vereadores, como a de São José, tentam resolver há tempos e não conseguem. É que nessa discussão há muitos querendo vender dificuldades para obter facilidades.


Ainda não está no grupo de notícias do jornal no WhatsApp? Clique aqui e entre agora mesmo.

Você tem Telegram? O jornal tem um canal de informações lá. Clique aqui e participe.

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo