Golpes que utilizam nome do Judiciário, MP e Tribunal de Contas se proliferam no estado
Golpes
Parece uma ação combinada entre golpistas, que tem em comum a esperteza, ousadia e criatividade. As direções da Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e Ministério Público Federal em SC emitiram alertas à população, nesta semana, sobre golpes que vem sendo aplicados no Estado, em que são usados indevidamente o nome de deputados estaduais, desembargadores e procuradores, ou suas respectivas instituições. As armadilhas são tão bem feitas que até gente muito instruída caiu nelas sem desconfiar de nada.
Gente que faz
O Observatório de Inovação Social de Florianópolis, plataforma digital interativa criada por pesquisadores da Universidade do Estado (Udesc), começou a mapear as iniciativas que atuam no combate aos efeitos da covid-19 na capital do Estado. Grata surpresa: de cara, listou 35, incluindo campanhas, fundos de apoio, plataformas colaborativas e redes, promovidas por associações, coletivos e movimentos da sociedade civil, pelo governo e por empresas com missão social. Maravilha.
Balcão de negócios
O toma-lá-dá-cá, a qual se dispõe fazer o presidente Jair Bonsonaro para obter apoio do sinistro “Centrão”, da Câmara dos Deputados, ainda não chegou a SC. Mas deve chegar, sinalizam as antenas. O balcão começou com o notório Paulinho Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP), a quem foi oferecida, de bandeja, a direção do porto de Santos. Não aceitou. Certamente porque vislumbra “negócios” melhores. Que nojo.
Veto
Estanho o veto aposto pelo governador Carlos Moisés, e derrubado na Assembleia Legislativa, anteontem, em meritório projeto de lei, no qual alegou inconstitucionalidade, propondo conteúdos de conscientização a respeito da importância da doação de órgãos e de tecidos para transplante nas escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio de SC. Por outro lado, foi mantido veto em projeto que isenta os veículos movidos a motor elétrico e híbrido do pagamento de IPVA.
Escanteio
Boa parte da mídia esportiva nacional estava de olho na decisão do governador de SC quanto ao pedido para liberar o retorno dos clubes de futebol aos treinos e a retomada do campeonato estadual. Seria o primeiro do país. Carlos Moisés disse não. A cúpula da CBF teve uma reunião por videoconferência com as federações estaduais, terça-feira, quando sugeriu às filiadas que, se possível, viabilizassem o retorno dos campeonatos locais no fim de semana do dia 17 de maio.
Memória
Anunciou-se ontem o fim definitivo, do mais famoso restaurante de Brasília, o Piantella, depois de mais de 40 anos de atividades. O responsável por estas linhas lá esteve, certa vez, levado por um político catarinense proeminente e teve a oportunidade de testemunhar arroubos extravagantes de alguns congressistas presentes, tomando champanhe de alguns milhares de reais. O suficiente, apenas estando lá por alguns instantes, para ter certeza de que capital da República era (e continua sendo) uma ilha de fantasia, anos-luz distante da realidade do país.
Saudades
O ex-tricampeão de Roland Garros, Guga, tem aproveitado muito bem a quarentena, conforme entrevista, sem abrir mão da humildade e comovente simplicidade de sempre, à “Folha de S. Paulo” no Instagra. Passa mais tempo com a esposa e os dois filhos, toca violão e, assistindo, nas últimas semanas, algumas das reprises de seus jogos históricos transmitidos pelos canais SporTV e BandSports.
Desafinação
Inicialmente afinado com Jair Bolsonaro, o deputado federal catarinense Hélio Costa já discute a relação com o presidente, em especial quanto à covid-19, a “gripezinha”. Acha que ele “deveria conferir de perto a realidade da pandemia no Brasil, indo mais aos Estados, dar atenção aos governadores, mesmo sendo de outros partidos; tem que fazer política todo dia, ver o problema de perto. É preciso ir lá ver e mandar dinheiro”.
Desemprego evitado
Originária de projeto de lei da deputada Luciane Carminatti (PT), a lei estadual 17.934, sancionada esta semana, evitou mais de 20 mil demissões. Ela proíbe a dispensa de professores admitidos em caráter temporário durante o período que durar a atual pandemia. Os ACTs cobrem a falta de professores efetivos durante todo o ano letivo na rede estadual.