Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Em meio ao sofrimento do povo, juízes queriam ganhar R$ 5 mil a mais por trabalhar em casa

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Em meio ao sofrimento do povo, juízes queriam ganhar R$ 5 mil a mais por trabalhar em casa

Raul Sartori

Repulsivo
Em meio ao sofrimento de todos os brasileiros, eis que o Tribunal de Justiça do Ceará, Estado onde 40% das pessoas encontram-se abaixo da linha de pobreza, tentou presentear 24 juízes com um obsceno bônus de home office de 15%. Sim, para trabalhar no conforto de suas casas, 24 magistrados receberiam algo em torno de R$ 5 mil a mais por mês. É indecência, falta de noção e sobretudo um insulto a quem paga aqueles abusados.

Renúncia de Bolsonaro
A popularidade de Jair Bolsonaro entre catarinenses, gaúchos e paranaenses caiu, mas ainda é relativamente robusta. Na pesquisa divulgada ontem pelo Datafolha, apontando que 59% dos brasileiros são contra sua renúncia, a região Nordeste registra o maior índice de apoiadores, de 47%, ante 49% contrários à ideia. Já em SC, PR e RS, região bolsonarista na eleição, só 28% apoiam à renúncia. Norte e Centro-Oeste registram 30% e o Sudeste, 37%. Quanto à pergunta sobre a capacidade de liderança do presidente, Bolsonaro é visto como capaz por 62% no Sul, 60% no Norte/Centro-Oeste, 49% no Sudeste e 47% no Nordeste  – onde empata com os que o acham incapaz (49%).

Subscreve
A Federação da Indústria de SC (Fiesc) assina embaixo manifesto da sua confederação nacional (CNI) de apoio à decisão do governo, em medida provisória, que reduz as contribuições de empresas ao Sesi e Senai à metade por três meses. A estimativa de impacto é de R$ 1 bilhão.

Sem pressa
A deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC), autora de projeto de lei que proíbe a exportação de respiradores e produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais ao combate ao coronavírus enquanto durar a atual situação de emergência no país, não esconde a angústia. É que o presidente Jair Bolsonaro ainda não se dispôs a sancioná-lo, apesar de estar no Palácio do Planalto desde quinta-feira passada. Parece que seu tempo é todo dedicado a fazer intrigantes postagens nas redes sociais.

Estaleiro
Diz a “Veja” que o Comando da Marinha finalmente publicou o extrato do contrato de R$ 9 bilhões da compra de quatro “Navios Classe Tamandaré” que serão construídos num estaleiro em SC. O projeto começa com a abertura de dois mil postos de trabalho, com previsão de conclusão do negócio em 10 anos. Nada mal nestes tempos de imprevisões.

Eleições
O prazo para filiações partidárias terminou sábado e a ministra-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, negou no mesmo dia pedidos para suspendê-lo. Havia solicitações de vários partidos e congressistas, dentre eles dos catarinenses Esperidião Amin (senador-PP) e Rogério Peninha Mendonça (deputado federal-MDB).

Editorial

Peço para substituir a nota “Editorial” pela que segue; a anterior tem imprecisões na primeira linha. Segue a correta:

 

Editorial
O agora único  jornal impresso diário de Florianópolis,  “ND” criticou duramente, em editorial, na edição do último final de semana, o fato de nenhum ministro, governador, representante dos três poderes ou do Ministério Público levantar a voz até agora para propor o desconto de dias parados, antecipação de férias, corte de gratificações ou privilégios. E propõe que, com exceção dos servidores ativos das áreas de Saúde e Segurança, todos tenham uma redução de 25% dos seus ganhos por 90 dias. E que todos os recursos sejam encaminhados para a área da saúde na luta contra o coronavírus. Seria um gesto importante, simbólico, para alinhar os poderes com a sociedade.

Feriados cancelados
O deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) é autor do projeto de lei 986/20, que permite antecipação ou cancelamento de feriados nacionais diante de grandes catástrofes, epidemias, e pandemias como a do momento. A decisão será do Presidente da República, governadores e prefeitos. Poderá ser aplicada a outras calamidades e situações que tragam risco à saúde coletiva, à segurança pública, e tenham impacto relevante na rotina econômica. São exceção apenas o Natal e o Ano Novo.

Carta
Mais de 120 entidades, movimentos e coletivos de SC assinaram carta, enviada na manhã de sábado ao governador Carlos Moises, defendendo medidas de isolamento social no Estado. Um dia antes o governador anunciou em rede social que mais setores poderiam ter suas atividades liberadas já no início desta semana. São decisões difíceis e complexas para tomar, que sempre gerarão críticas, e que necessitam extremo bom senso. E este não tem faltado no âmbito estadual.

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