Deputados têm grande dependência de dinheiro público para financiar campanhas
Deputados têm grande dependência de dinheiro público para financiar campanhas
- Por Raul Sartori
- 16/01/2020
- 13:00
Dependência
A Câmara dos Deputados, através de sua consultoria legislativa, fez um estudo mostrando a inacreditável dependência de deputados federais em relação ao dinheiro público na campanha de 2018. Dos 513 eleitos, 342 tiveram 70% ou mais de suas campanhas custeadas pelos fundos eleitoral ou partidário. Mas no Acre e Amapá, 100% dos eleitos são considerados dependentes dos fundos públicos. O seu, o meu, o nosso dinheiro bancou a eleição desses espertos.
Bala
A chamada Bancada da Bala no Congresso Nacional, cujo expoente catarinense é o deputado federal Rogério Peninha (MDB-SC), integrante de primeira hora da Frente Parlamentar da Segurança Pública, elegeu três metas para este ano: aprovar a Proposta de Emenda à Constituição que trata da prisão após a decisão de segunda instância; a revisão do Código de Processo Penal; e o andamento de uma proposta que trata das carreiras de policiais civis e militares. Fora da lista, está a flexibilização do acesso a armas.
Leitura
Quem lê o livro “Por que falhamos – O Brasil de 1992 a 2018”, do ex-ministro da Educação do governo Lula e ex-senador pelo Distrito Federal, Cristovam Buarque (Cidadania), e foi eleitor do PT e PSDB, lava a alma. Em resumo, diz que esses dois partidos, entre outros no seu entorno, nunca foram capazes de se unir por ideias e ideais comuns em torno de um projeto nacional; preferiram ceder à corrupção.
Impenetrável
O governo dos Estados Unidos alertou seus cidadãos em viagem a partes do Brasil que “não devem visitar” favelas e algumas cidades satélites de Brasília e evitar uma distância de menos de 150 quilômetros das fronteiras norte e sudoeste. Noutros tempos, poderia listar algumas favelas de Florianópolis onde, até recentemente, a polícia não entrava. Agora entra, resultado de ações silenciosas e nada midiáticas que resultaram até agora na prisão de líderes de faccões rivais e criminosos.
Folha corrida
Depois de defender que as mulheres “têm direito ao assédio” masculino no Carnaval, o deputado estadual Jessé Lopes (PSL-SC) está tendo sua vida e conduta vasculhada pela mídia nacional, e até foi alvo de notícia falsa, como a de que no ano passado teria condenado beijo gay em público. E na volta das atividades da Assembleia Legislativa, terá que se defender de denúncia por quebra de decoro parlamentar apresentada pelo jornalista Leonel Camasão, candidato a governador pelo Psol em 2018. Também pediu à Procuradoria Geral de Justiça abertura de inquérito para averiguar eventuais violações penais.
Na marra
Além de SC, os tribunais de justiça de Minas Gerais e São Paulo deram respaldo aos respectivos governos estaduais e prefeituras para que só aceitem matriculas e rematrículas nas escolas mediante a apresentação da carteira de vacinação atualizada.
Nonagenário
Muitos políticos catarinenses, por longa amizade e vizinhança geográfica, estão sendo convidados para um ato alusivo aos 90 anos do ex-senador Pedro Simon, dia 1º de fevereiro, na cidade de Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul. Simon, cuja integridade como homem público é histórica, deixou de ser um político e virou uma espécie de entidade.
Solidários
Em 2019 o Hospital São José, de Joinville, fez a captação de 155 órgãos destinados à doação. Foi o terceiro ano consecutivo que a unidade hospitalar alcança os maiores indicadores de SC graças ao trabalho de acolhimento humanizado junto às famílias, e de divulgação de informações e sensibilização em instituições de ensino e de saúde.
Contrapartida
Está aí um projeto de lei no Congresso Nacional que merece apoio: condiciona a concessão do auxílio-reclusão ao trabalho remunerado do segurado preso, ou seja, a família do recluso só receberá o benefício se ele trabalhar durante o cumprimento da pena em regime fechado. Nesse país da piada pronta famílias de criminosos recebam o benefício quando vítimas amarguram no desemprego.
Pluraridade
A Cooperativa de Transporte Turístico Executivo de Florianópolis, que reúne cerca de 40 profissionais de automóveis e vans executivos, devidamente regulamentados, não resposta de proposta comercial feita à Floripa Airport para operação no aeroporto Hercílio Luz. Os membros reclamam da falta de pluraridade nos serviços, já que a concessionária cedeu espaço a outros semelhantes.