Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Criação de CPI da Lava Toga é aprovada por 86% dos brasileiros

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Criação de CPI da Lava Toga é aprovada por 86% dos brasileiros

Raul Sartori

Quase unanimidade
A pretendida Comissão Parlamentar de Inquérito da Lava Toga, para investigar as condutas do pessoal da toga, principalmente os intocáveis e impolutos “supremos” (que tem as assinaturas a favor dos senadores catarinenses Esperidião Amin e Jorginho Mello), já tem 86% de apoio dos brasileiros, conforme pesquisa do jornal “O Estado de S. Paulo”. Realmente algo está acontecendo de muito grave com nossa suprema corte.

Invasão bárbara
O título acima foi dado pelo colunista Ancelmo Goes, de “O Globo”, que é nitidamente esquerdista, ontem, em nota informando que o Centro Acadêmico de Economia Celso Furtado, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, com sede em Criciúma, trocou de nome para Centro Acadêmico de Economia Roberto Campos. Celso Furtado e Roberto Campos são dois dos maiores economistas brasileiros do século 20. Acrescenta que “ambos, embora em campos políticos opostos, são importantes para entender o Brasil, e seriam incapazes de mesquinharias e tosquices como essas dos estudantes catarinenses”.

Algo mais
Além de pé de porco, língua, focinho, máscara, orelha e rabo, subprodutos suínos que a China agora vai importar de SC, o governador Carlos Moisés quer algo mais dos chineses: a instalação de pelo menos uma das três montadoras que planejavam por aqui, após seguidas visitas em governos anteriores. Os planos da Great Wall Motor Company, marca líder em utilitários-esportivos (SUV), em Joinville; da Geely, de automóveis, que chegou a receber oferta de uma área no porto de Imbituba; e da Sinotruk, com fábrica de caminhões, em Lages, estão congelados, digamos assim.

Contra
Projeto de lei do deputado federal catarinense Gilson Marques (Novo), que acaba com a obrigatoriedade de registro profissional para artistas e técnicos de espetáculos de diversões, mal foi divulgado e já ter forte reação. O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões de SP (Sated-SP) anunciou ontem que está se mobilizando junto a comissões da Câmara dos Deputados para impedir que seja aprovado.

Fissura
O deputado Sargento Lima (PSL) vinha sendo um fiel escudeiro do governo desde o começo do mandato. Quando se discutiu o repasse aos poderes, chegou a ficar isolado, mas defendeu a proposta do Executivo reter R$ 400 milhões. Agora, pautas regionais e classistas estão fazendo dele nova pedra no sapato da Casa da Agronômica. Na assembleia da Associação de Praças (Aprasc), no último final de semana, relatou a falta de atenção do Executivo às suas pautas: reposição de 37% aos praças (sem reajuste há cinco anos) e recuperação da rodovia no trecho da Serra Dona Francisca, que está em situação precária. Também incomoda Lima a diferença de tratamento dispensado ao partido que elegeu o governador (PSL) em relação ao MDB. Semana passada o chefe da Casa Civil esteve na Assembleia Legislativa. Reuniu-se com parlamentares do MDB e do PT, mas não visitou nenhum do PSL.

Silêncio que ensurdece
Autoridades federais sediadas aqui mantém um silêncio constrangedor quanto aos seguidos e impunes atentados ao direito de ir e vir em espaços “autônomos”, digamos assim, como são os do campus da Universidade Federal de SC, em Florianópolis. As barricadas armadas semanas passada passaram do limite de tolerância. É assim que se espalha a imagem de desmando, intolerância e vandalismo na UFSC.

Acima de tudo
O Ministério Público de SC deu prazo de 30 dias para o governo estadual concluir as obras de acesso ao novo aeroporto de Florianópolis, como iluminação, guardrails, etc. Travestido de gestor público, acha que o Executivo tem uma Casa da Moeda. Se alguns agentes do MP fazem este tipo de pressão com um governador, dá para imaginar o que promovem quando se trata de humildes prefeitos.

Obras públicas
Das 76 obras públicas monitoradas pela Federação das Indústrias de SC (Fiesc), 97% estão com prazo expirado ou com andamento comprometido. Quem for verificar verá, exceções raras à parte, aquilo que se chama o maior e mais safado jeitinho para que isso aconteça e tudo se pareça legal: o famigerado “aditivo”.

Adoção
Os serviços sociais em geral, tanto federais, como estaduais e municipais, bem que poderiam divulgar mais que mulheres ou gestantes podem fazer a entrega espontânea de bebês à Justiça para adoção, sem que a atitude seja considerada crime. Está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas quase ninguém sabe. Bem melhor do que, no desespero de pais, deixar o recém-nascido no cemitério, terminal rodoviário ou mesmo em um contêiner de lixo, como ocorrido recentemente em SC.

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