Aprovação de Bolsonaro é maior na região Sul do que no restante do país
Aprovação de Bolsonaro é maior na região Sul do que no restante do país
- Por Raul Sartori
- 18/03/2021
- 13:00
Desaprovado
A popularidade do presidente Jair Bolsonaro entre catarinenses, gaúchos e paranaenses ainda é razoável, apesar de tudo, quando atrelada à conduta dele na pandemia. Pesquisa de ontem do Datafolha mostra que é ruim ou péssima para 54% dos entrevistados, um recorde desde o início do seu mandato. Mas a aprovação do governo dele é de 39% em SC, Paraná e Rio Grande do Sul, o melhor índice dentre todas as regiões. Na outra ponta, como pior, está o Nordeste, 49%.
Desespero
Está batendo o pânico em alguns hospitais de SC. O Nossa Senhora da Conceição, de Tubarão, por exemplo, teve que fechar o Pronto Atendimento para que os servidores que ali atuavam fossem deslocados para os setores dedicados a pacientes com covid-19. Vários outros, públicos e privado, estão fazendo isso, por não ter outra saída.
Em ascensão
O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, que logo vai assumir o comando do DEM em SC e mira, adiante, um salto maior – o governo estadual ou Senado – já conta com um novo aliado a seu lado. É o deputado estadual Felipe Estevão, que está saindo do PSL.
Indignação
Foi até engraçado ver o telejornal das 19h15 de anteontem da rede NSC e seu apresentador, Fabian Londero, demonstrando exaltada indignação porque o secretário estadual da Fazenda, Paulo Eli, em entrevista à rádio CBN, afirmou que SC não precisa criar auxílio emergencial nenhum pois não há desemprego no Estado.
Mais deboche
Não passa um dia sem que se saiba de odiosas benesses a graduados servidores públicos. Agora são os procuradores do Ministério Público da União que, por portaria da Procuradoria Geral da República tem direito ao ressarcimento de gastos com a contribuição e o custeio do plano de saúde. Com salário de R$ 35,5 mil mensais, esses marajás podem embolsar até R$ 3,5 mil do que tiverem que pagar ao plano de saúde. Enquanto isso centenas morrem, diariamente, nas filas do covid-19 Brasil afora, com ou sem dinheiro. Revoltante e intolerável.
Octogenário
Seguramente, hoje, a maior expressão viva das artes plásticas catarinenses, o joinvilense Juarez Machado festejou anteontem seus 80 anos, bem vividos. Além de dedicar-se à pintura, é também escultor, desenhista, caricaturista, mímico, designer, cenógrafo, escritor, fotógrafo, ator e, sobretudo, um gentleman. Mesmo com a pandemia, não vai deixar passar a data em vão. Daqui a dois meses abrirá a esperada mostra comemorativa “Juarez Machado: Volta ao Mundo em 80 Anos”, no Museu Oscar Niemayer, em Curitiba, com curadoria do amado irmão, Edson.
Porteira aberta
Vem causando certo estupor no Judiciário estadual algumas iniciativas da Defensoria Pública do Estado, que em recurso pediu a transferência de todos os apenados de um complexo prisional do Vale do Itajaí, do regime semiaberto para o aberto por conta da pandemia, sem análise individualizada de cada réu e sem uma demonstração concreta do prejuízo causado pela permanência no estabelecimento penal. Foi negado.
Sabe tudo
Sempre com uma opinião na ponta da língua, o falante deputado estadual Kennedy Nunes (PSD) disse temer que o ainda por ressuscitar Centro de Operações de Emergências em Saúde (Coes) vai decidir fechar tudo para controlar a pandemia. Um dos motivos seria que seus 23 componentes são todos funcionários públicos e por integrá-lo ganham R$ 1 mil de abono.
Apelo
O anúncio do médico Marcelo Queiroga como novo ministro da Saúde repercutiu entre os senadores. Pelas redes sociais, o senador Dário Berger (MDB-SC) fez um apelo para que “tenhamos, enfim, uma coordenação nacional”, junto com a ampliação urgente de leitos de UTI, profissionais de saúde e estrutura para atendimento imediato já nos primeiros sintomas. Apelo e pedidos que foram reforçados pelo senador Alvaro Dias (Podemos-PR).
O contra
O país com quase 3 mil mortos por covid-19 todos os dias e o Partido Trabalhista Brasileiro se dá ao trabalho de ajuizar no Supremo Tribunal Federal uma arguição de descumprimento de preceito fundamental contra a decretação de lockdown e toque de recolher por governadores e prefeitos de todo o país como forma de combater a disseminação do novo coronavírus e o colapso do sistema de saúde. O PTB as vês como “arbitrárias e que violam o direito constitucional à liberdade de locomoção em tempo de paz”. Sem comentários.