Projeto de ampliação do estádio Augusto Bauer é separado da reforma em andamento
Carlos Renaux apresentou novidades em evento de seus 110 anos; patrocinador atualiza prazos e explica trabalhos atuais
O projeto de ampliação do estádio Augusto Bauer apresentado nesta quinta-feira, 14, pelo Carlos Renaux nas celebrações de seu 110º aniversário, não é o projeto de reforma executado atualmente, mas sim um complemento possível para o qual o clube busca recursos. As construções de uma nova arquibancada e a emenda entre os setores coberto e descoberto são alguns dos pontos que não estão contemplados nas obras atuais. A ampliação da capacidade e as outras melhorias exibidas no novo projeto estão nos planos do tricolor como uma segunda fase, mas não há, hoje, previsão para saírem do papel.
Alex Busquirolli é proprietário da BHM Têxtil, a patrocinadora master do Carlos Renaux e uma das empresas à frente das reformas atuais do estádio, junto à KRCON Empreendimentos. Ele reforça que o que está sendo seguido é o projeto apresentado em 2022. O progresso das obras e a atualização de seus prazos foram apresentados publicamente em coletiva de imprensa realizada em junho.
“Nossa participação, nosso projeto que temos alinhado e aprovado com o Carlos Renaux e já está em execução, se refere a: reforma da arquibancada descoberta e a cobertura dessa arquibancada; a reforma de toda parte da arquibancada coberta, vestiários e demais dependências; o deslocamento e substituição do campo; e a construção do centro comercial com os camarotes”, explica.
Conforme relata o presidente do Carlos Renaux, Altair Heck, o Taico, o projeto apresentado na quinta-feira, 14, é uma segunda etapa, para a qual o clube procura investidores. A ideia principal é a ampliação de capacidade, com novas arquibancadas no lado oposto ao setor coberto e a conexão entre o setor coberto e a atual arquibancada descoberta, formando um L. Também estão previstas ampliações para outras dependências.
“A gente está em conversa com os investidores. É um projeto que a gente sabe que demanda tempo. Que bom que o Brusque tem 90% de chances para subir à Série B novamente… Acolher o Brusque no Augusto Bauer é bom para a cidade, bom para o Renaux, bom para o Brusque.”
Taico explica também que a ideia de ampliação tem dois objetivos. Além de transformar o Augusto Bauer num estádio apto para a Série B do Campeonato Brasileiro, tornar o estádio um centro de eventos para Brusque e região.
Busquirolli reforça que a BHM Têxtil não tem envolvimento com o projeto de ampliação. Uma possível novidade em relação aos trabalhos atuais é a instalação de três degraus na atual arquibancada descoberta. Isto não está previsto na reforma em andamento e precisaria ser financiado de outra forma.
“Como vamos fazer a cobertura da arquibancada descoberta, o clube tem a intenção de fazer mais três degraus metálicos na parte de cima deste setor. Só que estes três degraus têm um custo aproximado de R$ 300 mil. Não somos nós que vamos fazer esta ampliação. Até onde sei o clube está tentando já levantar os recursos. É uma ampliação relativamente simples. Como vai ser feita a cobertura metálica, isto poderia entrar nestes mesmos prazos, mas o clube precisa buscar os recursos. No que tange nossa parte, a cobertura já está praticamente contratada, está tudo certo.”
O empresário também avalia que o projeto apresentado nesta quarta-feira, 15, com a ampliação, terá grande importância para a cidade.
“Acho que este segundo estágio da reforma, esta ampliação, como foi mostrada no projeto, é o futuro para o esporte brusquense. Tem que se pensar. O Augusto Bauer vai estar todo reformado, num padrão que, basicamente, não existe em Santa Catarina. E o complemento com ampliação é uma operação relativamente simples e barata em comparação a construir um estádio todo novo.”
“É importante para o Brusque também, porque está às portas de voltar à Série B. O Renaux, pelo que senti, está muito disposto a trazer esta colaboração e fazer uma sinergia para resolver em definitivo a questão de estádio para os próximos 30, 40, 50 anos.”
Etapas principais e prazos
Final de julho/2023 (concluída): término da primeira metade das obras na arquibancada descoberta.
Final de outubro/2023: término da reforma da arquibancada descoberta.
Até 15 de novembro de 2023: finalização do procedimento de estaca hélice para construção do centro comercial. O início do processo depende do fim da temporada do Brusque. Logo após o fim da temporada, os muros do estádio serão derrubados. Cerca de 30 dias depois disto, começa a fundação com as estacas.
Início de novembro/2023: início de obras na arquibancada coberta.
Até 31 de dezembro de 2023: finalização de todo o fundamento do centro comercial.
Início de janeiro/2024: início da montagem do centro comercial.
Final de março/2024: conclusão da etapa de pré-moldados.
Início de janeiro/2024: início da montagem da estrutura pré-moldada do centro empresarial.
Final de março/2024: início de obras na arquibancada coberta.
Abril a junho/2024: término da instalação do gramado sintético e liberação para uso. Previsão que depende dos procedimentos de retirada e deslocamento do gramado, além das condições do tempo na região.
Abril/2024: término de obras na arquibancada coberta.
Agosto/2024: término da construção do centro empresarial.
A intenção dos empresários envolvidos é que, a partir de abril, o foco seja total no centro comercial, com as obras do estádio concluídas entre abril e maio. A partir de então, a liberação para a realização de jogos dependeria das autoridades competentes, considerando que as obras do centro comercial estarão em andamento em frente ao estádio. No contrato com o Carlos Renaux, o prazo previsto para ter o estádio apto para jogos é dezembro de 2024.
Gramado
A principal dúvida de Alex Busquirolli em relação aos prazos é referente ao campo. O planejado é o Carlos Renaux obter um acordo de convênio com a Prefeitura de Brusque, para que o poder público municipal realize os trabalhos de retirada do gramado atual e deslocamento do campo. Um procedimento semelhante foi realizado em 2019, em uma troca de gramado do estádio com participação da prefeitura na obra.
O Renaux está em contato com a prefeitura, mas até esta sexta-feira, 15, não há assinatura do convênio. “Seria extremamente importante que, tão logo acabasse a Série C, o clube já conseguisse iniciar esta execução da base do campo”, comenta.
Em contato com diversos vereadores durante o evento comemorativo de 110 anos do Carlos Renaux, Busquirolli está otimista em relação a este ponto. “Explicamos a situação e todos os vereadores se mostraram receptivos, dispostos a auxiliar na elaboração deste convênio.” Anteriormente, houve também conversas do clube com candidatos das eleições suplementares de Brusque, e o relato é de que todos demonstraram apoio à ideia do convênio.
“Num cenário normal, estes trabalhos da base duram de 45 a 60 dias, pela questão do clima, das chuvas. Em condições normais seria extremamente importante, até o final de dezembro, estar com esta base do campo pronta. Para que já possamos, em janeiro, começar a instalação do campo. E aí a responsabilidade é toda nossa, o gramado já está aqui, a empresa está contratada com os prazos. Mas se a realização da base for postergada, automaticamente, o campo e tudo relacionado serão postergados.”
A base para o campo sintético possui características específicas. A Soccer Grass, empresa fornecedora do gramado, vai monitorar a execução da base e só faz a instalação se o serviço foi feito nas conformidades técnicas.
Havia dúvidas em relação à aprovação do Corpo de Bombeiros à redução de 2,5 metros do corredor entre o setor coberto e o campo. As informações a que Busquirolli teve acesso são de que esta redução está aprovada. O campo será cercado por um “alambrado” transparente, com material a ser definido. Não haverá mais as grades de metal.
Com o deslocamento do campo, a ideia é que o lado oposto ao setor coberto fique aberto para torcedores, funcionando como uma expansão da geral. A instalação de arquibancadas metálicas também é vista como viável.
A instalação da cobertura na arquibancada atualmente descoberta deve ser realizada entre dezembro e janeiro, após o deslocamento do campo.
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