Primeiro aborto, agora eutanásia infantil
Quando minha filha jovem na época, estudante de enfermagem, teve os primeiros contatos com o mundo da medicina, um deles era visitar o Hospital Joana de Gusmão, referência no tratamento de crianças com câncer. O choque emocional foi brutal. Veio chorando diante daquela cena deprimente e atordoante de crianças que vieram ao mundo tocadas pelo destino de uma doença incurável.
O que mais a chocou, não foi tanto pela doença em si, elas sentiam-se conformadas, mas pelo abandono dos pais, por não terem coragem de enfrentar aquele sofrimento; a maioria vinda do interior, com poucos recursos, no desespero abandonavam-nas sem qualquer referência de contato, para não vê-los se definhando em direção à morte inexorável.
Estas crianças se agarravam àquelas jovens, neo-universitárias, pedindo um acalento, um gesto de amor… – Tia fica mais um pouquinho comigo… Muitos pais não tiveram a coragem de enfrentar essa triste realidade.
As crianças não vieram ao mundo por sua própria iniciativa; todas gostavam da vida, procurando se agarrar neste pequeno espaço temporal que o destino lhes tinha reservado. Neste mistério de viver que o Criador nos brindou, nenhum de nós deseja dela desistir.
O homem agora se considerando superior pelas maravilhas da tecnologia resolveu mudar o rumo da história, criar suas próprias leis sobre a vida.
Depois de “conquistar” o aborto, agora se volta para a eutanásia, não só de velhinhos, mas de crianças, que os pais não as querem mais, para poder gozar as delícias da vida, divertir-se, viajar…, sem ter mais o trabalho de cuidá-las.
Sem hipocrisia, a eutanásia sempre existiu, ocultada por médicos inescrupulosos que dificilmente saem na mídia. A maldade sempre existiu na humanidade. Entretanto, o Estado estabelecer, facilitar, ditar regras para generalizar procedimentos sobre aborto e eutanásia virou uma monstruosidade.
O Parlamento Socialista da Bélgica, “sensível” aos reclamos da sociedade, em 2014 aprovou uma lei absurda permitindo os médicos praticarem a eutanásia em crianças com doenças ditas incuráveis. (Para os anciãos já existe).
Incrível, a lei permite que a própria criança se manifeste por esse caminho, como se ela tivesse discernimento para tanto. O que elas querem é o não sofrimento, mas a vida jamais desejará de desistir. Para o não sofrimento a medicina tem um arsenal imenso para aliviar a dor mesmo em casos terminais, sem abreviar a vida.
Estejamos atentos e vigilantes, antes que na calada da noite, os abutres palacianos, engambelados pelas bruxas da ala feminista esquerdopata levantem esta mesma bandeira. Seus nomes são bem conhecidos na grande mídia pela aceitação do casamento do mesmo sexo, aborto, liberdade pansexualista (pedofilia, zoofilia, swing…), eutanásia de anciões, e outras propostas para o fim da família; todos na linha da ideologia de gênero.