Pornografia: porta da luxúria (I)
O sexo criado por Deus é a união necessária de dois seres fisicamente diferentes e independentes, para perpetuação da espécie. Esta é a regra biológica. Num sentido pleno, todas as espécies vivas animais e plantas seguem exatamente a mesma regra.
Com uma visão mais amadurecida, dá pena ver o que mais circula pela internet e pelos whatsapp são bobagens, piadas chulas, fotos provocativas, cenas de nudez, vídeos pornográficos, que por facilidade tecnológica não respeita mais crianças de qualquer idade; sem conteúdo cultural com pura perversão moral. Pela baixaria formam-se grupos sociais de relacionamentos em redes, sendo maior a difusão de imagens do sexo explícito.
Segundo estudos especializados, a pornografia na Internet, supera os viciados em “crack” e outras drogas conhecidas. Os viciados em drogas são visíveis pela deterioração física; a pornografia, não; pertence a um mundo virtual, isto é, deteriora a mente para desembocar no comportamento anormal do relacionamento social, indo para a depressão, assédio sexual até o estupro, e por fim ao suicídio; tudo pelo vazio interior que se cria nos indivíduos acumulados de fantasias inócuas.
Em torno de 30% do tráfego produzido na internet a nível mundial, segundo o instituto Max Plank, se refere a pornografia. Os sites especializados neste segmento produzem mais de 150 milhões de páginas na web, visitadas por outros milhões de curiosos (voyeurismo ou mixoscopia) e não menos de jovens imberbes. Isto permite o ingresso de zilhões de dólares superando grandes companhias como Google, Microsoft, eBay, Appel ou Netflix.
Para acessar estes sites pornôs, não há limitação do tempo e do espaço, em qualquer lugar do mundo. Há sempre uma disponibilidade de acesso. A limitação física por computadores ficou livre agora com os celulares através dos aplicativos do whatsapp. Assim como outros “avanços” culturais, a pornografia se converteu em algo “natural” pela divulgação sem qualquer pudor nas condutas sexuais; cada site ou difusor de cenas procura “se esmerar” na criatividade para satisfazer o gosto de um público ávido de erptos levando seus voyeurs ao niilismo nietzschiano.
Não é estranho que estarmos numa completa “erotização” da cultura, ou mesmo de ”pornificação” da sociedade, na qual tudo agora é permitido, criando-se ícones e modelos sexuais para todos os gostos de consumidores.
Esta nova droga virtual (cibersexo) tem efeitos no cérebro das pessoas que as “consome”; depois de longas horas de exposição há uma modificação da massa encefálica segundo aquele instituto alemão. O viciado começa perder a noção da diferença entre o bem e o mal, o que é certo ou errado. Torna-se dependente de toda a sorte de desmandos como taras sexuais, da pedofilia à violência do estupro… Cria uma desordem na personalidade perdendo o senso crítico de ordem espiritual, moral e social.