PM e IGP firmam convênio para testes rápidos para identificar drogas
Em Brusque, batalhão é um dos poucos a ter modelo diferenciado para testes
A Polícia Militar e o Instituto Geral de Perícias (IGP) firmaram um acordo pioneiro no país em cerimônia na capital de Santa Catarina, nesta quinta-feira, 10. Com a parceria, os policiais militares poderão usar kits de testes rápidos para identificar drogas – equipamentos usados nos principais aeroportos do mundo.
Hoje, quando a PM realiza alguma apreensão de drogas, precisa enviar para o IGP, para que sejam feitos os testes e seja confeccionado um laudo. Esse processo é lento e muitas vezes demora mais de 30 dias, na maioria dos municípios catarinenses.
O diretor-geral do IGP, Giovani Eduardo Adriano, diz que o órgão absorve toda a demanda de laudos tanto para grandes apreensões quanto para Termos Circunstanciados (TC) – casos de pequenas quantidades, geralmente, usuários.
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Ele avalia que o convênio é importante porque o IGP poderá concentrar esforços. “Nossos peritos poderão se dedicar com mais afinco aos casos de alta complexidade. Além disso, se a autoridade determinar que seja feito um TC, o material não precisará mais ser encaminhado ao IGP, uma vez que a constatação de droga já terá se realizado”.
Modelo brusquense
O tenente-coronel Otávio Manoel Ferreira Filho, comandante do 18º Batalhão de Polícia Militar, é cauteloso quanto ao convênio. Ele afirma que se for um procedimento simples, será importante.
Contudo, o comandante pondera que os PMs já têm bastante trabalho a fazer em cada ocorrência. Se fazer o teste rápido e o laudo for demorado e complicado, poderá provocar sobrecarga nos policiais. “Se for algo prático, vem para somar”, declara Otávio.
Até o momento, os batalhões do interior não receberam orientação sobre quando e como será a implantação dos testes rápidos no estado. Independentemente disso, Brusque já tem um modelo diferenciado.
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Em outras regiões, o procedimento é enviar toda a droga apreendida para o IGP analisar. Mas em Brusque somente grandes apreensões e quando tem prisão em flagrante é que substância vai para o órgão pericial.
Nos casos em que a PM apenas lavra um TC, ou seja, pequenas apreensões de usuários, a própria corporação faz o teste e laudo. Segundo o tenente-coronel, alguns policiais foram treinados pela IGP para fazer o procedimento.
Uma vez na semana, geralmente na quarta-feira, o PM responsável pega toda a droga apreendida, faz os testes e envia o resultado para o Judiciário. Se nas outras comarcas demora-se mais de 30 dias para sair os laudos, com esse modelo brusquense, a PM consegue fazer em menos de dez dias. “É um dos poucos batalhões do estado a fazer isso”, diz o comandante.