PM de Brusque está em atenção com onda de ataques em SC

Polícia intensificará rondas à noite nas principais linhas de transporte coletivos e em alguns bairros

PM de Brusque está em atenção com onda de ataques em SC

Polícia intensificará rondas à noite nas principais linhas de transporte coletivos e em alguns bairros

Os policiais do 18º Batalhão de Polícia Militar estão em estado de atenção por conta da onda atentados contra PMs registrados na Grande Florianópolis desde semana passada. Na sexta-feira passada, 26, o comando-geral da corporação enviou aos batalhões do interior do estado a ordem para que todos redobrem a atenção para evitar mais ataques contra a vida de agentes de segurança e da população em geral.

O comandante da PM de Brusque, tenente-coronel Moacir Gomes Ribeiro, afirma que foram tomadas duas medidas: os PMs, inclusive os de folga, foram alertados para que fiquem atentos a atitudes suspeitas e o policiamento foi intensificado. “Desta vez é diferente do ano passado. O principal alvo da bandidagem são as bases policiais e os próprios policiais, não o transporte coletivo”, diz.

Em Brusque, como medida preventiva a PM irá aumentar a presença nos pontos da cidade considerados mais críticos, sobretudo à noite. Além disso, as linhas de transporte coletivo com mais pessoas receberão atenção especial. “O nosso setor de inteligência não constatou a atuação de nenhum tipo de facção criminosa, não existe nada, é apenas uma medida preventiva”, explica.

No entanto, ele teme que outros bandidos, sem filiação a qualquer grupo organizado, aproveitem a oportunidade para cometer atos criminosos. “Claro que a nossa preocupação é com os ataques que estão acontecendo, mas também estamos atentos a este oportunismo”, ressalta Gomes.

Ataques

Os ataques contra bases da PM e ônibus começaram no dia 26, às 23h, quando um ônibus de Palhoça foi incendiado por bandidos. Depois disso, outros coletivos foram queimados. As casas de dois policiais militares foram alvo de disparos de bandidos e a guarita do depósito da Polícia Civil também foi alvejada.
Os órgãos de segurança na capital reativaram uma sala de situação a fim de melhorar a integração entre as polícias e descobrir quem está coordenando esta onde de hostilidade contra o Estado.

Sistema falido

O comandante do 18º BPM diz que a situação deve servir para uma reavaliação do sistema de segurança pública como um todo. Para Gomes, esta situação deve servir para que mudanças profundas sejam realizadas para garantir mais suporte ao PM e resposta mais efetiva contra a criminalidade. “Tudo está falhando. A fragilidade do sistema é demonstrada com os agentes sendo alvos de ataques”, afirma, e acrescenta que “os bandidos devem ser presos e ficar incomunicáveis efetivamente”.

O tenente-coronel também diz que a situação dos policiais é complicada e que deve haver uma alteração na forma que a sociedade trata a PM, pois, para ele, só assim a cultura de hostilidade contra a polícia poderá ser combatida.

2013

Em 2012 e 2013, duas ondas de ataques coordenados pelo Primeiro Grupo Catarinense (PGC) aterrorizaram o estado. Vários ônibus em todo o estado foram queimados, inclusive no Vale do Itajaí, e uma série de atentados a tiros pegou a Secretaria de Segurança Pública desprevenida. Depois dos acontecimentos, mais de 80 acusados de envolvimento nos atos criminosos foram julgados e condenados pela justiça. O estado chegou inclusive a pedir auxílio da Força Nacional de Segurança Pública para controlar a situação.

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