É a terceira redução consecutiva do índice. Na comparação anual, inversamente, o resultado apresentado foi de alta, tendo o endividamento variado 0,9 pontos percentuais.
Dados do estudo mostram ainda que 34,2% das famílias endividadas e com contas em atraso terão condições de pagar totalmente suas dívidas. Conforme o economista da Fecomércio-SC, Maurício Mulinai, o padrão de endividamento das famílias catarinenses continua muito positivo.
“Tendo como ponto de vista o endividamento por faixa de renda, é possível perceber que as famílias com renda inferior a 10 salários mínimos estão um pouco mais endividadas, em comparação com o mesmo tipo de grupo com renda superior a 10 salários mínimos”, diz Mulinari.
Na categoria dos muito endividados, há maior participação das famílias com renda até de 10 salários mínimos (S.M.), o inverso ocorre na categoria dos pouco endividados – representando 12,2% ante 9,8% na primeira, e 26,3% ante 45,1% na segunda.
Muito endividados
O nível de endividamento das famílias, em geral, apresenta os muito endividados variando significativamente (-6,8 pontos percentuais), passando de 18,5% em março para 11,7% em abril. Os mais ou menos endividados subindo e passando de 39,1% em março para 43,9% em abril.
Entre os poucos endividados houve uma pequena alta: de 29,1% registrados em março para 30,5% de abril. Aqueles que responderam não ter dívidas desse tipo somam 13,9%, ante 13,3% que representavam em março de 2013.
Comparando-se anualmente, a queda dos muito endividados é expressiva e denota uma melhora significativa do endividamento das famílias do Estado. Se em abril de 2012, quase metade dos entrevistados (43,7%) afirmava estar muito endividada, em abril deste ano apenas 11,7% se colocam na mesma situação.
Cartão de crédito como principal dívida
O cartão de crédito permanece com o posto de principal agente de endividamentos dos catarinenses. Ele é responsável por 61,7 % das dívidas dos catarinenses.
Para a Fecomércio-SC, a comodidade deste tipo de dívida, a grande expansão no número de cartões de crédito dos últimos anos, as quedas nas taxas de juros em comparação com anos anteriores e outras facilidades deste tipo de produto financeiro são os principais motivos para a alta participação desse tipo de dívida na estrutura de endividamento do catarinense. Em segundo, terceiro e quarto lugar aparecem, respectivamente, os financiamentos de carros, carnês e financiamento de casas.
Contas em atraso
A quantidade de famílias com contas em atraso também apresentou queda na comparação entre março e abril. De 28,9% de famílias com contas em atraso em março, temos em abril 23,6%. A maior parte das famílias, 76,4%, não tem contas em atraso. Pelo menos 34,2% das famílias endividadas afirmaram que terão condições de pagar totalmente suas dívidas.
O tempo de pagamento destas contas em atraso se concentra acima dos 90 dias, representando 52,9%. O período entre 30 e 90 dias é de 22,4%. E o mais curto, até 30 dias, apresenta 24,7%. Em geral, a média de tempo em dias para quitação das dívidas em atraso tem sido de 64,7.
Fonte: Fecomércio-SC