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Pelo caminho mais complicado

O Brusque entra em campo em Porto Alegre amanhã com uma vantagem importante, mas que poderia ser bem maior. Basta um empate no campo sintético do Passo D’Areia para que a classificação venha, mas diante do que se viu domingo passado no Augusto Bauer, o time tinha tudo para viajar somente para criar o protocolo. […]

O Brusque entra em campo em Porto Alegre amanhã com uma vantagem importante, mas que poderia ser bem maior. Basta um empate no campo sintético do Passo D’Areia para que a classificação venha, mas diante do que se viu domingo passado no Augusto Bauer, o time tinha tudo para viajar somente para criar o protocolo.

Mais uma vez, o time não soube capitalizar o maior volume de jogo e acaba tomando um gol no final que muda toda a dinâmica do confronto quando tinha um jogador a mais em campo. Agora, o São José precisa de uma vitória por 1 a 0 para se classificar. Poderia precisar de muito mais.

Mesmo assim, há um fato positivo: o Brusque mostrou que é mais time que o Zequinha, totalmente perdido no primeiro tempo, o que obrigou o técnico adversário a fazer duas mudanças precoces. Se o ataque do Bruscão fazer um gol no adversário, a situação muda bastante. A questão aqui é jogar com inteligência. O time tem que entrar em campo para fazer o que sabe, trazendo preocupação para o São José no seu campo, e usar da competência para aproveitar as chances que vão aparecer.

Tenho notado que o time do Bruscão está focado. Quem foi ao estádio notou isso. É meio caminho andado para o sucesso. Diferentemente do ano passado, quando o time foi a Sorocaba com um zero a zero na ida e enfrentou um São Bento bem mais qualificado, desta vez o confronto é bem mais “possível” de sucesso. O campo sintético não é mais mistério. Bola no chão e bora buscar a vaga na próxima fase.



Grande negócio

A Chapecoense acabou vendendo o atacante Rossi para a segunda divisão da China, pela bagatela de 3,4 milhões de Euros, mais de 12 milhões de reais. O jogador era titular do time, mas, vamos concordar, não era insubstituível. Aliás, o clube fez muito dinheiro com essa transação: ele foi adquirido por R$ 800 mil e a Chape vai faturar, tendo 75% dos direitos do jogador, mais de 9 milhões de reais. Diante dos números, a negociação é absolutamente inevitável. Não tenho os números históricos, mas acredito que foi a maior bolada que um clube catarinense já recebeu em uma transação. Com dinheiro em caixa, chegaram reforços. O último é Julio Cesar, atacante de 22 anos que estava no Oeste de Itápolis, com passagens por Caxias, ABC e Internacional de Lages.


NOTAS

Redondo
O Corinthians fez um jogo redondinho contra o Palmeiras. Soube controlar espaços, impôs seu jogo em território inimigo e venceu mais uma daquelas partidas “chave” na sua campanha até agora perfeita. O Flamengo, que joga hoje, tentará evitar que a distância enorme aumente ainda mais. Muitos (inclusive eu) olham para a tabela tentando adivinhar quando será o primeiro tropeço. Em um campeonato tão equilibrado, uma hora ele vai aparecer.

Jasc
Governo do Estado divulgou reunião com o governador Raimundo Colombo, o secretário Leonel Pavan e o presidente da Fesporte, Erivaldo Caetano Jr., o Vadinho, sobre os Jogos Abertos de Santa Catarina deste ano, que aconteceriam em Chapecó e foi transferido no início do ano para Lages. Chama atenção os R$ 2,5 milhões repassados pelo governo estadual para as obras ligadas à competição. Nestes anos que cubro os Jasc, não lembro de repasse tão grande. No máximo, a metade disso para outras sedes. Aliás, os Jogos Abertos desse ano, em um modelo muito criticado pela forma com que municípios contratam dezenas de atletas de fora para as competições, prometem ter uma boa diferença: como muitas prefeituras estão apertando o cinto de todas as formas para colocar as contas em dia, não vai sobrar para aquela avalanche de contratações. A tendência é que os times “da casa” apareçam em maior número. Exceções são o futsal e o basquete, por exemplo, que já possuem equipes profissionais disputando campeonatos e iriam prontas para os Jasc.