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Pedro Simon defende que Congresso Nacional estabeleça a prisão em segunda instância

Ex-governador visitou o jornal O Município durante sua passagem por Brusque

O ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-senador da República Pedro Simon avalia que o Congresso Nacional tem a chance de restaurar a sua credibilidade se instituir a prisão em segunda instância em definitivo. A declaração foi dada durante visita ao jornal O Município nesta terça-feira, 12, pela manhã.

Simon veio Brusque para o Ciclo Brusquense de Conferências Magnas Temáticas. Nesta segunda-feira, o ex-governador gaúcho proferiu a conferência cujo tema foi  “130 anos de República, um depoimento para História”.

Simon foi recebido pelo diretor do jornal, Claudio José Schlindwein, e estava acompanhado do ex-vereador Osmar Vicentini, de Guabiruba, e por Paulo Kons, idealizador do ciclo de conferências.

O ex-governador afirmou que estava emocionado com a vinda a Brusque. Ele disse que o ciclo tem ganhado mais projeção e já envolve toda a região.

Simon também adiantou quem serão os próximos palestrantes: o senador Álvaro Dias, em 2020; e o cardeal do Rio de Janeiro Dom Orani Tempesta, em 2021.

Sobre a situação política nacional, Simon criticou o Supremo Tribunal Federal (STF). “Houve uma decisão do Supremo abrindo as portas. Estão soltando todo mundo, o que vai acontecer não se sabe, vai virar uma tragédia. A corrupção, que estava sendo punida, um mínimo de seriedade e honradez que estava sendo imprimido caiu por terra”.

O ex-governador defende uma emenda constitucional para mudar essa situação. “O Congresso Nacional tem condições de votar emenda constitucional que estabeleça em definitivo a prisão em segunda instância. Se o Congresso fizer isso, será um grande momento da sociedade brasileira, o Congresso vai ganhar credibilidade”.

Para Pedro Simon, é preciso que as autoridades mais altas da República deem exemplo para a sociedade.

“No Brasil, desde quando Pero Vaz de Caminha enviou uma carta ao rei de Portugal para nomear o seu sobrinho, não tem um corrupto importante que foi para cadeia, nem rei, nem presidente, nem governador, nem grande empresário, nem general. Ninguém foi para cadeia, só vai preso ladrão de galinha. O cara mais que rouba certo que não vai acontecer nada”.

“Não adianta um pai e uma mãe ensinar de boca e na vida fazer o contrário. Se isso acontecer [prisão em segunda instância], é o início da caminhada”, completou.

Apesar de cobrar o Congresso Nacional acerca de uma medida mais enérgica sobre o tema do momento, o ex-senador avaliou positivamente o parlamento. “Justiça seja feita, o Congresso está fazendo o que em 50 anos não foi feito: reformas da Previdência, administrativa, trabalhista, tributária e política”.