Paysandú reforça categorias de base com trabalho específico para goleiros

Antigo laboratório do Athletico passa a atuar no Esmeraldino para a formação de jogadores

Paysandú reforça categorias de base com trabalho específico para goleiros

Antigo laboratório do Athletico passa a atuar no Esmeraldino para a formação de jogadores

O Paysandú reforçou o trabalho de suas categorias de base formando parceria com o Laboratório de Desenvolvimento no Futebol, de Osnildo Kistner. O antigo laboratório do Athletico passa, a partir de 2021, a atuar no Esmeraldino, com oito profissionais nas categorias Sub-7 a Sub-17, e com uma vertente que antes não possuía: a preparação específica para goleiros, num cargo exercido pelo ex-goleiro de Brusque e Paysandú, Carlos Alberto.

A ideia da escola começou quando Carlos Alberto começou a ser o treinador de goleiros particular de Leonardo Hang, filho do empresário Luciano Hang. Em 2019, começou uma escola com garotos de nove a 12 anos. Depois, recebeu o convite do atual presidente do Paysandú, Keka, e do coordenador do Laboratório de Desenvolvimento no Futebol, Osnildo Kistner, para trabalhar com uma escola de goleiros no Esmeraldino, treinando garotos a partir dos 10 anos.

“O objetivo é dar qualidade, ênfase no desenvolvimento dos goleiros, nos fundamentos: lançamentos, reposição de bola, velocidade de reação, coordenação motora… Qualificar bem estes goleiros, para que estejam bem preparados quando forem a campo”, comenta Carlos Alberto, que destaca que os goleiros são integrados aos times de suas respectivas categorias.

“Temos total apoio do Paysandú, do Laboratório, e principalmente do Valdir Appel. Não podemos nos esquecer disso. Ele já tinha mencionado esta proposta há muitos anos, mas só agora estamos concretizando”, completa Carlos Alberto. Ele também cita Leonardo Hang como um dos idealizadores na sua iniciativa de treinamento de goleiros.

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Em visita ao Paysandú, Valdir Appel deu dicas aos garotos | Foto: João Vítor Roberge

Valdir Appel, inclusive, visitou o estádio Cônsul Carlos Renaux nesta sexta-feira, 26. Em uma das raras aparições do escritor e ex-goleiro de 74 anos, que tem se isolado por conta da pandemia, alguns dos pequenos goleiros que treinavam naquele momento tiveram uma pausa. Carlos Alberto, que tem Appel como amigo e ídolo, pediu para que os garotos ouvissem algumas dicas e conselhos do ilustre visitante.

A participação é aberta, com as contribuições mensais pagas. No entanto, o objetivo final é o alto rendimento. Para participar como goleiro, por exemplo, é necessária uma avaliação técnica prévia para trabalhar as qualidades da criança ou adolescente, para que seja possível identificar a posição mais adequada.

De acordo com Osnildo Kistner, coordenador do Laboratório de Desenvolvimento no Futebol, a parceria com o Paysandú acaba dando mais liberdade à sua academia de jovens atletas, com mais abertura a outros clubes além do Athletico. Como ex-observador e colaborador do clube paranaense, Kistner frisa que há um bom relacionamento e que o contato permanece. Mas diversos grandes clubes do Brasil, como Palmeiras e Internacional, por exemplo, agendam visitas no clube para identificar eventuais promessas e levá-las às suas próprias categorias de base.

O Laboratório trabalha também com a iniciação, mas não é o foco. O objetivo é tornar os garotos aptos a integrar as categorias de base de alto rendimento. Atualmente, são cerca de 110 crianças e adolescentes de diversas cidades de Santa Catarina que treinam nas dependências do Paysandú por meio do Laboratório. Há também garotos de fora do estado e de municípios catarinenses mais distantes, que vieram morar em Brusque.

Brusque Carlos Alberto goleiro
Carlos Alberto aos 24 anos, na edição de 29 de julho de 1988 | Foto: Arquivo O Município

O professor

Carlos Alberto começou a jogar nas categorias de base do Palmeiras, onde ficou por cinco anos. Depois, foi emprestado ao Nacional (SP) e a equipes do interior de São Paulo. Foi o primeiro goleiro da história do Brusque, estreando naquele 24 de janeiro de 1988, Brusque 3×1 Hercílio Luz. Também disputou a primeira competição nacional da história do clube, a Divisão de Acesso (Série C) do Campeonato Brasileiro, no mesmo ano.

Ficou no quadricolor por dois anos, e voltou ao interior paulista. Voltou a Brusque para ser campeão do Catarinense e da Copa Santa Catarina em 1992. Depois da temporada de 1993, passou pelo futebol gaúcho, atuando por Glória de Vacaria, Ypiranga, Veranópolis, XV de Novembro e Avenida. Encerrou a carreira no Inter de Lages, em 2000, quando conquistou a segunda divisão estadual.


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