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Participação feminina na política ainda é desafio para Brusque

Nestas eleições, somente três mulheres concorrem na região

Apenas cotas de mulheres nas eleições são insuficientes para estimular a participação efetiva na vida política da nação.  Essa é a conclusão de diversos analistas políticos, e levantamento do jornal O Município no TSE corrobora a tese. O número de candidatas da região nas eleições gerais permanece baixo, apesar dos esforços da Justiça Eleitoral no estado e no país.

Nas eleições deste ano são três candidatas, entre deputadas estaduais e federais: Kátia Costa (PSOL), Sabrina Avozani (Novo) e Shirlene Cecatto (SD). É a maior quantidade de mulheres desde 2006.

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Mas na comparação com outros pleitos gerais a representação pouco avançou. Em 2006, cinco políticos de Brusque se candidataram. Somente Marli Leandro (PT) concorreu.

Nas eleições seguintes, em 2010, não houve mulheres entre os sete candidatos de Brusque à Assembleia Legislativa e à Câmara dos Deputados. No total, foram sete concorrentes de novo em 2014, mas, assim como em 2006, só Marli colocou seu nome à disposição.

Neste ano, o número de mulheres cresceu de uma para três, mas na mesma proporção subiu a quantidade total de candidatos de Brusque: 17. Portanto, a representatividade, matematicamente, continua baixa.

Para Sabrina, candidata do Novo à Câmara, o número de mulheres na política é baixo. Aumentá-lo é um desafio. “Ainda é baixo o número de mulheres. Mas as mulheres devem vir para a política por vontade, não por causa da legislação”.

A lei eleitoral, com o objetivo de estimular a inserção feminina na vida político-partidária, define que os partidos devem ter, no mínimo, 30% do quadro de candidatos formado por mulheres.

Sabrina acredita que essa regra não tem o efeito desejado. Ela afirma que o Partido Novo não coloca mulheres somente para preencher a taxa mínima, mas sim pessoas que realmente farão campanha.

É comum, a cada eleição, algumas mulheres “zerarem” votação. São casos em que, aparentemente, elas se inscreveram para concorrer como um favor ao partido, mas de fato não concorreram.

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De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), em 2014, no pleito para deputado estadual, sete mulheres tiveram 20 ou menos votos. Isso pode indicar que elas sequer campanha fizeram, ou seja, preencheram a cota.

A candidata a deputada federal pelo PSOL de Brusque, Kátia Costa, diz que as mulheres têm buscado cada vez mais espaço dentro do partido. “O PSOL dá muita oportunidade, até porque temos grande representatividade”.

Kátia está percorrendo o estado em campanha. “Temos trabalhado para buscar algo dentro do partido e também fora, como mulher e política”. Para ela, é preciso mostrar à sociedade que a mulher é capaz de participar da política.