Pais devem redobrar a atenção com crianças nas piscinas e no mar
Cuidados devem ser maiores onde não há profissionais para o socorro imediato
Um dos maiores especialistas na área, o médico David Szpilman, da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, chama atenção para as piscinas. A principal recomendação é para que os pais se mantenham a, no máximo, um braço de distância dos filhos pequenos. “A supervisão tem que ser 100% do tempo”.
Quem tem piscina em casa deve instalar uma grade em volta e dois ralos para evitar sucção.
Com o aumento do número de guarda-vidas e de placas com orientações sobre as condições do mar, Szpilman avalia que o número de casos de afogamento nas praias caiu nos últimos anos. Hoje, segundo ele, o maior número de vítimas está entre aquelas que pensam que sabem nadar.
De acordo com o especialista, os cuidados devem ser redobrados onde não há profissionais para o socorro imediato. É o caso de áreas naturais, como rios, cachoeiras, lagos e represas.
“A partir dos 10 anos os afogamentos acontecem em águas naturais. A aparência do lugar pode ser de calma, de água tranquila, mas, na prática, pode revelar grandes perigos, como a correnteza e a profundidade, que não são visíveis”, destaca.
Em casa, os pais também não podem descuidar. A caixa d’água e o vaso sanitário devem permanecer tampados e as banheiras, em hipótese nenhuma, devem ser deixadas cheias.
A organização não governamental Criança Segura lembra que afogamentos podem acontecer em pequenas quantidades de água, de até dois dedos.