Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

A Terceira Matriz: a atual

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

A Terceira Matriz: a atual

Pe. Adilson José Colombi

A 2ª Matriz de estilo gótico não satisfazia mais as necessidades da comunidade católica, depois de ter servido para as celebrações litúrgicas por tantos anos. Isto estava acontecendo desde a década 40 do século passado. Por isso se cogitava uma solução: reformar essa para adaptá-la a nova situação, por meio de uma ampliação do espaço litúrgico, ou construir uma nova matriz.

Com as finanças da paróquia em bom estado e a nomeação do 1º pároco de origem brasileira, P. Luiz Gonzaga Stein scj, em 13 de maio de 1949, a ideia de concretizar o projeto de uma nova matriz se tornou mais intensa. Além do mais, já havia no ar um clima de expectativa de preparação para a celebração do Centenário da Colonização dos primeiros imigrantes europeus, em 1960.

Feita a opção de uma nova matriz, depois de muitas discussões, dois projetos foram postos para a escolha. Ambos eram belas propostas de dois grandes arquitetos alemães de grande prestígio e renome: o Projeto Gramlich e o Projeto Böhm.

O projeto Gramlich, segundo o relato da jornalista e escritora Guedria Motta: “O estilo obedecia, em linhas gerais o gênero clássico de outras igrejas projetadas pelo referido arquiteto, como a de Azambuja, ou em outras cidades catarinenses, a exemplo de Gaspar, Itajaí, Rio do Sul, Ilhota, Indaial, São Bento do Sul, Antônio Carlos, entre outras, com a diferença de que esta teria uma cripta no piso inferior, onde seriam celebradas as missas nos dias comuns, no piso superior espaço destinado à celebrações dominicais e festividades maiores”.

A pedido do Arcebispo de Florianópolis, Dom Joaquim Domingues de Oliveira, foi constituída a Comissão Pró-Construção da Igreja Matriz (CPCIM). Na primeira reunião, em 1952, foi colocado em discussão o projeto Gramlich. Achou-se, por consenso, consultar outros arquitetos. Então, entra em cena, o arquiteto Gottfried Böhm em 1953, o mesmo que estava em Blumenau na época para estudar a possibilidade da construção da Matriz de Blumenau.

Foi convidado para vir a Brusque para também estudar um projeto para a cidade de Brusque. Feitas as medições e anotações, partiu com essas informações e levando em conta as características do terreno deu forma ao seu projeto litúrgico que pretendia ser o lugar das celebrações e um encontro com Deus. Para isso, inclusive, aproveitou os elementos naturais da região, daí o granito cinzento, extraído das pedreiras da Volta Grande, hoje, uma das Comunidades da própria Paróquia, a Comunidade Santo Antônio de Pádua.

De posse dos dois projetos, a Comissão Pró-Construção da Igreja Matriz optou pelo Projeto Böhm (faremos em artigos posteriores o detalhamento litúrgico deste projeto). Decisão tomada, mãos à obra. Passa-se ao momento de motivar a comunidade para o início da obra em si. Em 23 de abril de 1953, um sábado, foi solenemente transladada a imagem de São Luis Gonzaga para a Casa São José, previamente adaptada para ser a matriz provisória.

Em seguida, foi feita a demolição da Matriz de estilo gótico, que serviu à comunidade católica por 76 anos, e a terraplenagem para poder iniciar a obra da Terceira Matriz. No dia 24 de abril de 1965, ocorreu a bênção da pedra fundamental com celebração presidida pelo Arcebispo Dom Joaquim Domingues de Oliveira. Era desejo inaugurá-la no dia da celebração do Centenário da Fundação de Brusque (04/08/1960). Apesar de todo o esforço, não foi possível. Mas, assim mesmo naquele dia, no recinto da Nova Matriz, foi celebrada a Santa Missa do Centenário da fundação da Cidade de Brusque.

Só em 1962, as celebrações litúrgicas começaram a serem realizadas na Matriz nova, mesmo carecendo de ulteriores acabamentos.

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