Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

Por que será?

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

Por que será?

Pe. Adilson José Colombi

O Brasil é, de fato, um país diferente. Acontecem “coisas” que aparentemente parecem não ter explicações. Por exemplo, por que pouco se comenta sobre o petróleo que está aparecendo nas praias do Norte e Nordeste, por enquanto? Claro que se noticia os fatos em si da presença. Mas, alguém já ouviu, escutou alguma coisa dos grupos, sobretudo, das ONGs, que atuam na Amazônia e das outras que, certamente, estão presentes e atuando no Nordeste. Por que será?

Quando aconteceu, o que sempre acontece todos os anos naquela região, concedo que talvez tenha havido algo a mais do que outros anos. Mas, no todo da estação de estiagem, segundo o que foi divulgado, não foi tudo o que se propalou aos quatro ventos. É evidente que ninguém está a favor de queimadas, e me coloco no meio dos que não admitem tal procedimentos, em hipótese alguma. Sempre fui contra e continuarei sendo.

Mas, por que será que nada foi feito por esses grupos, ditos de esquerda, defensores do meio ambiente, em nível nacional e menos ainda em nível internacional? Lembram-se que no caso da Amazônia, todos os jornais, TVs, revistas, redes sociais… avançaram no Brasil e no governo brasileiro, como se todos nós fôssemos incendiários e destruidores do meio ambiente, sem piedade. Denegriram a imagem do Brasil, quanto quiseram.

E, agora, com esse desastre ecológico do derramamento do petróleo em alto mar e a consequente tragédia ambiental, em nossas praias do Nordeste, nada dizem, nada falam nos meios de comunicação nacionais e internacionais. Salvo engano meu, não escutei nada, não vi nenhuma movimentação que lembrasse o empenho que demonstraram em denunciar as queimadas da Amazônia. Por que será?

Pessoalmente, considero os dois desastres ou catástrofes ecológicas – as queimadas da Amazônia e o derramamento do petróleo – fatos irreparáveis e sem qualquer possibilidade de aceitação. Ambos são terrivelmente nocivos e prejudiciais para o Brasil e para a nossa Casa Comum, nosso Planeta Terra.

Todavia, reputo que esse do petróleo é bem mais trágico e dramático do que o da Amazônia. Será que esses grupos que tanto gritaram, berraram em praças públicas e pelas redes sociais veem esse derramamento do petróleo e sua presença, em boa parte do litoral brasileiro, com tantos efeitos perniciosos em todos os setores da vida nacional, como um fato insignificante e que não mereça ocupar-se dele. Ou, tem outros motivos ocultos que estão por baixo desse silêncio “que grita” e é “ensurdecedor”.

Não sei se a estimada leitora e caro leitor concordam comigo. Mas, por trás dessa atitude, vejo outra: esses grupos derrotados fragorosamente nas eleições do ano passado, não se conformaram e não perdoam aos que infligiram essa derrota. Então, tentam tudo e de tudo para solapar, dificultar, se possível impedir qualquer ação que possa beneficiar o bem comum do povo brasileiro.

São partidários de quanto pior, melhor para a sua ideologia e atuação nos vários segmentos da vida nacional onde estão presentes. Por isso, nada de trazer “medalhões” da ecologia ou de outros setores de pesquisa para ver “in loco” os estragos e as consequências causados pela presença do petróleo.

Além disso, teriam que elogiar os procedimentos do governo brasileiro que está fazendo o que está a seu alcance, com sucesso visível e gastando bilhões, em tentar conter e, se possível, estancar a chegada desse petróleo, em nosso litoral. Com isso, é evidente que outras necessidades estarão sendo afetadas. E do exterior, não vi grande ajuda ser oferecida e efetivada, nessa empreitada bastante complicada e cara.

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