Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

E Agora? Que fazer?

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

E Agora? Que fazer?

Pe. Adilson José Colombi

Encerrou-se o primeiro turno das Eleições 2022. Para alguns postulantes aos cargos públicos, terminou uma etapa. Outros, ainda não. Para aqueles candidatos a governador que foram eleitos, inicia-se a fase de começar a pôr em prática o plano de governo que propuseram (os que assim procederam). Os outros são obrigados a disputar o segundo turno, no dia 30 deste mês. É o caso do nosso Estado de Santa Catarina que o processo eletivo não se concluiu, no primeiro turno. A mesma situação aconteceu, em nível federal, onde os dois candidatos mais votados à Presidência da República, Lula e Bolsonaro terão que disputar o 2º turno.

Os eleitos para o Senado, Câmara Federal e Câmara Estadual também, certamente, vão iniciar seus trabalhos já. Embora tomarão posse de seus postos políticos só no próximo ano.

E nós eleitores (as) que vamos fazer? Comemorar a vitória ou “curtir” a derrota! Só! Certamente, não! Cada eleitor (a) tem que ter consciência que voto é voto. Cidadania é cidadania. O voto é um momento grave e solene do exercício da cidadania. Mas, esta deve ser exercida continuamente. Como?

Bem, num primeiro momento, estar atento aos candidatos que vão disputar o segundo turno. Acompanhar suas propostas, analisá-las para ver se são exequíveis e viáveis, em nossa realidade sociocultural. Para, no dia 30 deste mês, julgá-las favoravelmente, pelo voto livre e consciente, ou recusá-las. Tal atitude pede atenção, estudo, isenção de ânimos, coerência e visão do bem comum da Nação.

Os critérios para a escolha dos candidatos, alguns já apresentados, nesta série de artigos sobre as Eleições 2022, neste jornal, continuam válidos. Aliás, alguns deles, parece-nos, que foram bem aplicados, como honestidade pessoal, competência, rejeição de práticas políticas fraudulentas, serviços com transparência administrativa e financeira.

Claro que houve exceções, em alguns casos, corruptos históricos foram reconduzidos à vida pública. Mas, certamente, não deixam de ser exceções, devidas em grande parte a posições ideológicas que sempre priorizam a ideologia ou o bem próprio ou de grupos, em detrimento da ética e do bem comum da Nação. A grande maioria não voltou. Foi punida pelo (a) eleitor (a).

Contudo, em nível nacional, foi significativo o sinal dado nas urnas, nas Eleições 2022, principalmente no Senado e nas Câmaras Federal e Estaduais. Penso que a vitória mais expressiva se deu no Congresso Nacional, com a presença de Senadores (as) e Deputados (as) Federais, apoiados (as) ostensivamente pelo Presidente Bolsonaro. Acredito que a causa desta vitória teria sido a aplicação do critério ético, da posição contrária ao aborto (visto e tido como atentado à vida humana), da eficiência e honestidade administrativas (ex-ministros do Governo Federal eleitos), do valor dado à família, aos símbolos nacionais (Bandeira, Hino Nacional…), à liberdade em suas várias dimensões…. Será que esses critérios são válidos só para 1º turno?

Como se vê, o (a) eleitor (a), mais bem informado, está atento. Isto é, está exercendo com mais consciência, liberdade e coerência seu direito e dever de votar. Sem absolutizar, percebe-se que a educação faz bem à cidadania.

Como se nota, as eleições são uma etapa importante da democracia e do exercício da cidadania. Contudo, elas fazem parte de um grande processo histórico da e na construção de uma Nação sempre mais democrática, livre, autônoma, soberana e solidária. Falta agora eleger o Presidente da República.

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