Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

A máscara

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

A máscara

Pe. Adilson José Colombi

Mais de um ano que a máscara se tornou a companheira inseparável de todos, quando se sai de casa. Ela é uma presença obrigatória. Mas, não é uma novidade de nossos tempos. Na História da Humanidade, a máscara esteve sempre presente, embora com significação diferente, dependendo do contexto que é utilizada e das diversas Culturas.

Chama-se máscara ao objeto usado para cobrir o rosto. As máscaras podem cobrir o rosto total ou parcialmente. Além das máscaras invisíveis da vida real, do dia a dia (“tire essa ‘máscara’ de sua cara e deixe de mentir”), também foi sempre uma prática em eventos e fins, de acordo com cada Cultura e em práticas religiosas. Sempre a máscara esteve presente em todos os povos e permanece fazendo suas várias funções até os dias de hoje. São exemplos, aqui no Brasil, seu uso diversificado no Carnaval e nos Estados Unidos da América, nos festejos do dia Halloween.

Sem dúvida, a maior variedade e riqueza de detalhes e de significados está na cultura africana, nas várias etnias e culturas. Todas as Culturas, porém, sempre presaram seu uso, geralmente usadas para entretenimento, festas e eventos sociais e religiosos. Alguns povos, como quase todas as etnias indígenas do Brasil, usam pinturas feitas com elementos naturais da própria natureza local para pintar ou colorir o corpo e principalmente o rosto. Também se servem de objetos naturais ou de animais para cobrir o corpo ou o rosto, sempre com alguma significação ou fim.

Também existem máscaras que são usadas como proteção. Em esportes específicos, como na esgrima ou certas modalidades de box para evitar golpes no rosto ou para não o danificar em demasia. Os apicultores costumam usar uma máscara e um traje especial para evitar as picadas desses animais.

A máscara que estamos todos, quase se habituando a usar, porém, tem outra finalidade. É uma peça com vários formatos para cobrir o rosto, parcialmente, a fim de evitar infecção e contágio da Covid-19 ou Coronavirus. Não foi e não está sendo fácil para a grande maioria da população se adaptar e habituar-se a usá-la. Foi necessário, inclusive, necessária uma legislação própria com penalidades específicas, quando se transitar em ambientes especificados.

Já se escreveu, se falou, se discutiu e se polemizou muito a respeito da máscara. Inclusive, foi recebendo outras significações e até fins, que não são tão notórios na História: significação e fins políticos. Alguns brasileiros, sobretudo, políticos conseguiram ser assim criativas e também aproveitar a máscara para aplicar a “famigerada Lei de Gerson”: “tirar vantagem em tudo”. Não perdem a “ocasião” para tirar sua “casquinha”, em qualquer situação, até das desgraças alheias.

Penso que, no futuro, iremos nos servir, com frequência, deste artefato, chamado máscara, porque esse vírus veio para ficar. Não vai ser fácil domesticá-lo ou controlá-lo. É muito versátil e criativo. Tem facilidade de praticar a metamorfose, nos vários ambientes. Por isso, é bom se habituar a usar a máscara e colocá-la como um item necessário em nossas andanças, por aí.

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