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Ouro é o alvo dos atletas do tiro de Brusque no Jasc

Participando de apenas uma prova, atletas brusquenses do tiro concentram forças em busca de medalha

Das quatro provas na modalidade de tiro com armas longas dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), Brusque participará de apenas uma. Serão quatro atletas que concentrarão suas forças na busca por medalha na prova de carabina apoiada. No ano passado, a equipe conquistou uma prata na competição, mas como participou de apenas uma prova, terminou na sétima colocação entre os municípios participantes. O fato fez com que os atiradores não somassem pontos para a classificação geral de Brusque.
Itajaí, sede dos Jasc este ano, não conta com um espaço para a realização das provas de armas longas. Portanto, os tiros serão dados no estande de Blumenau. Nesta edição, vão competir por Brusque os atiradores Fábio Imhof, Fernando Ulber, Guilherme Ohlweiler e Mauricio Mattioli. Os atletas treinam no Clube de Caça e Tiro Araújo Brusque.
Expectativa positiva
O coordenador da equipe de tiro de Brusque nos Jasc, Daniel Imhof, nutre boas expectativas dentro da única prova que participará. Segundo ele, dos nove municípios inscritos, apenas quatro têm destaque. “O problema é que esses quatros são de alto nível. Podemos tanto chegar na primeira posição, quanto na quarta. Mas temos esperança de repetir o bom resultado do ano passado”, afirma.

Imhof aponta, inclusive, o que pode fazer a diferença na prova. “A munição precisa ‘casar’ com o cano. A munição certa pode te dar a medalha, ao passo que a errada pode te deixar na última colocação”, diz. A competição de armas longas inicia no dia 17 de novembro e tem previsão de encerramento para o dia 20.
Modalidade em queda
Brusque deixará de participar das provas de carabina deitada, carabina de ar e carabina ar seta nas armas longas na modalidade de armas longas. Além disso, nenhuma equipe foi formada para as disputas das três provas de armas curtas. Essas ausências reduzem as chances de que Brusque conquiste bons resultados na classificação geral.
O motivo da pouca adesão às modalidades de tiro é a falta de interesse das novas gerações, como aponta o coordenador da equipe. “Hoje, os jovens se interessam mais em tiro prático, que é fora de estandes, com alvos diferentes” afirma.

Além da baixa adesão, Imhof aponta outros fatores que podem ter sido cruciais para a redução do número de atiradores em todo o estado. Segundo ele, após o incidente da boate Kiss, em janeiro de 2013, o Corpo de Bombeiros passou a exigir mudanças nas estruturas de vários ambientes visando uma melhor segurança. Os clubes de caça e tiro também precisaram passar por adequações.

Muitos, no entanto, não puderam orçar com as obras exigidas pelos bombeiros. O resultado foi o fechamento de alguns. “Só conseguimos o dinheiro porque somos um clube tradicional, com sócios muito sólidos. Foram gastos R$ 100 mil em obras nestes quase dois anos”, afirma Imhof. As alterações feitas no Clube de Caça e Tiro Araújo Brusque foram desde a posição das portas até o encanamento.

Prova regional
A carabina apoiada não é uma prova olímpica. Segundo o coordenador da equipe brusquense de tiro, em todo o Brasil, a modalidade é praticada somente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. A diferença da prova para as demais é que consiste no apoio da carabina – uma arma de fogo de calibre .22 que tem entre 1 e 1,2 metros – em um suporte que pode ser ajustado à altura do atirador.

Apoiada a arma, o atleta terá um alvo 50 metros à sua frente. Nos Jasc, os atiradores podem fazer um ensaio antes dos tiros oficiais, que pode servir tanto para que a equipe defina os participantes da prova quanto para aprimorar a mira. Assim que a prova inicia para valer, cada atleta precisa atirar 40 vezes, em quatro séries de dez disparos. Cada tiro recebe uma pontuação. A soma de todos os pontos são consideradas para a colocação do atleta. No fim, a soma dos pontos de todos os atiradores do município apontam as posições por equipe.