O papa é católico!
Desde o que se costumou chamar de “Iluminismo”, no século XVIII, há uma poderosa tendência cultural e intelectual de atacar a Igreja Católica e, também, as demais comunidades cristãs, em nome da razão, como se tudo o que a cristianismo construiu ao longo dos séculos fosse fruto de obscurantismo, autoritarismo, dogmatismo. Tudo isso é marketing e “fake News”, que analisaremos em outro momento. Durante a revolução francesa, tentou-se esmagar a Igreja fisicamente, para apagar sua presença. Claro que não deu certo. No século XIX, Karl Marx e Friedrich Nietzsche se apresentaram como os algozes da vez, e suas ideias ecoam ainda hoje. Mas os comunistas não conseguiram dominar o mundo e destruir o que chamavam de “ópio do povo”. Então surgiu Antonio Gramsci, na Itália, com uma nova estratégia. Ao invés de bater de frente, os revolucionários deveriam conquistar e destruir a Igreja de dentro para fora, através de uma revolução cultural.
Invadida por revolucionários, a Igreja começaria a rever seus preceitos e crenças, para se enfraquecer e entrar para o rol das entidades “cult”, descoladas, antenadas com os novos tempos. Muita gente entrou nessa, mas os papas se mantiveram atentos, em especial João Paulo II e seu braço direito, o cardeal Ratzinger, que o sucedeu como Bento XVI. Esses papas eram criticados por serem tradicionais, atrasados, presos ao passado.
Eis que aparece o Papa Francisco. Com seu estilo bonachão e informal, tornou-se, contra a usa vontade, evidentemente, quase que um garoto propaganda dos movimentos ligados à Revolução Cultural: feministas, gayzistas, teólogos “libertadores” e Cia. Ltda. Pessoas avessas ao catolicismo elogiavam um papa “cabeça aberta”, imaginando que ele, finalmente, reformaria a Igreja, atualizando dogmas, modificando regras morais, extinguindo “preconceitos” bíblicos. Mas eis que, na semana passada, tudo mudou. O papa recebeu críticas de todos esses ex-fãs, que descobriram, não sem tempo, que ele não apenas comunga com toda a fé perene da Igreja, mas é o seu guardião maior. E que para a Igreja Católica, em união também com os nossos irmãos evangélicos, não existe esse papo de relativismo cultural, de novos tempos e todo esse cabedal de bobagens que domina a intelectualidade revolucionária das escolas, universidades, mundo das artes, etc.
Respeitamos quem pensa diferente, mas não nos deixamos dissolver por eles. O papa bateu firme contra a liberação do aborto na Irlanda e na Argentina, sua terra natal, e reafirmou que a família continua sendo o que sempre foi na doutrina cristã e no pensamento de Deus. Agora, feministas, “gelebetistas” e toda a galera revolucionária está bicuda com Francisco. Consideram-no pior que Bento XVI. E eu estou me divertindo à beça! A colunista Cora Ronai, do jornal O Globo escreveu que “o papa, calado é um poeta”. Que delícia! É ótimo que percebam que não estamos no barco do relativismo cultural, da revolução sexual, da ideologia de gênero. Deixem o papa em paz. Francisco é nosso. O pai espiritual de vocês é outro!