O Município na História – Parte 18

O Município na História – Parte 18

Casa de Brusque

13/10/62 – Pesquisa na selva amazônica
Pe. Raulino Reitz

BARCELOS, AMAZONAS 14/9 – Num grupo de 3 químicos e 3 botânicos, rumamos para a cidadezinha de Barcelos, no médio Rio Negro. O prédio municipal único que existe aqui é o colégio e o Hospital que a Missão Salesiana mantém na localidade.

Dão os missionários, a instrução primária para umas 200 crianças de ambos os sexos dentre os quais filhos de diferentes tribos da região. Fomos confortavelmente instalados na Missão e bem servidos.

Fazendo um parêntese, relato que o nosso avião anfíbio Catalina teve que fazer um pouso de emergência, porque não pode recolher o trem de aterrissagem, já que o pouso em Barcelos seria na água.

As instruções para que nos amarrássemos bem e encostássemos a cabeça na poltrona foi feito o pouso.

13/10/62 – Pesquisa na Selva Amazônica
Pe. Raulino Reitz

Em Sumaúma encontramos a legítima selva, após uma viagem de lancha de 14 km pelos Rio Negro, Acará e Demeni, a floresta era um castanhal em exploração.

Cada castanheiro, que é a árvore mais alta da floresta – 40 metros- tem uma picada de acesso para a coleta do ouriço – fruto da castanha do Pará – o ouriço é partido com o terçado – nome que aqui se dá ao facão e dele é retirada a semente para a exportação.

Os castanhais como os seringais são matas recortadas de varadouros e picadas formando verdadeiro labirinto de muitos km.

A mata é riquíssima em caça de pelo, como pacas, capivaras, antas, veados, queixadas, caiteus e de penas, como mutuns (uma espécie de perú), jacus, araras, papagaios e etc.
A floresta é aqui colorida pelas belas aves e encantada pelos seus cantos e gritos. Os habitantes preferem carne de caça e pesca.

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